Falta de podas das árvores que encostam em fios de eletricidade, demora demasiada para retomar a energia depois de interrupções emergenciais, dificuldade de acesso aos canais de comunicação e ausência de manutenção preventiva na rede de eletricidade.
Esses foram alguns dos problemas apresentados por consumidores mogianos na reunião de instalação da CEV (Comissão Especial de Vereadores) da Energia Elétrica, realizada na última terça-feira (28), na Câmara de Mogi das Cruzes, com a presença de representantea da EDP Bandeirantes.
Apesar das inúmeras queixas apresentadas no encontro, Pedro Komura disse que a companhia nomeou uma funcionária específica para tratar com os vereadores daqui para frente, o que deve acelerar as melhorias no quesito energético. “Essa decisão da concessionária já foi um passo muito importante para o trabalho da CEV. Acho que esse contato direto é fundamental para diminuir as reclamações e demandas da nossa população”, explicou.
Komura informou também que todas as demandas serão avaliadas individualmente pela prestadora do serviço de distribuição e que o colegiado parlamentar mogiano está articulando uma reunião em Brasília com representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), autarquia que é responsável em fiscalizar o setor energético brasileiro.
Área rural
O secretário de Verde e Meio Ambiente, André Saraiva, disse ainda que teve problema pessoal com a EDP. “Moro na zona rural e fiquei quatro dias sem energia elétrica. Se for haver uma interrupção tão longa, é importante avisar a população, dar pelo menos um prazo. As pessoas perdem alimentos, perdem insumos, e a EDP não dá satisfação”.
O vereador Farofa também apresentou situações críticas no encontro. “Pagamos uma taxa de iluminação pública. E há muitas falhas, especialmente na área rural. A população tem reclamado muito: pagamos a taxa, mas não somos atendidos pela EDP”, disse o parlamentar.
Juscélio Moreira Vieira, gestor operacional da Bandeirante Energia, explicou que a retomada dos serviços está condicionada a vários fatores, o que dificulta a previsibilidade da retomada. “Existe uma escala de prioridades: escolas, hospitais, até chegar ao cliente residencial e na iluminação pública. Quando recebemos uma comunicação de falta de energia, não temos como saber qual é o impacto que o problema vai causar até que a equipe chegue ao local. Tudo isso dificulta para acertarmos a previsibilidade. Apesar disso, estamos empenhados em melhorar a experiência dos nossos clientes”.