A Semana



Verão e dengue

Em 2024, Mogi das Cruzes enfrentou um alarmante aumento nos casos de dengue. O município registrou nada menos que 19.205 pessoas contaminadas e, infelizmente, 23 mortes, refletindo a gravidade da situação. Esses números, que trazem consigo dor e sofrimento, acendem um alerta urgente sobre a necessidade de ações mais efetivas no combate a essa doença que continua a desafiar os esforços de prevenção e controle.
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem se mostrado um inimigo implacável. Esse cenário exige que todos, sem exceção, se envolvam ativamente na prevenção, dentro e fora de suas casas. A responsabilidade individual e coletiva nunca foi tão crucial.
Dentro dos lares, a principal medida de prevenção é eliminar possíveis criadouros do mosquito. Água parada é um convite para o Aedes aegypti, que se multiplica em recipientes como pneus, garrafas, caixas d’água e vasos de plantas. A tarefa de observar e eliminar esses focos é simples, mas essencial para evitar a proliferação do mosquito. Basta uma pequena quantidade de água acumulada para que milhares de larvas se desenvolvam. Além disso, é fundamental manter os reservatórios de água sempre tampados e limpos, de forma a impedir a entrada do inseto.
Fora de casa, é igualmente importante que os cidadãos se engajem na vigilância do entorno, especialmente em terrenos baldios, que frequentemente se tornam locais propensos ao acúmulo de água. O poder público também desempenha um papel vital nesse esforço, realizando mutirões de limpeza e visitas periódicas às áreas mais críticas, bem como desenvolve ações de fiscalização e educação em saúde. A colaboração entre os diferentes setores da sociedade – saúde, educação, segurança e a própria população – é essencial para que as ações de controle sejam efetivas e duradouras.
Além disso, é importante que as autoridades de saúde estejam preparadas para um atendimento rápido e eficiente aos casos suspeitos de dengue, com a realização de exames e tratamentos adequados para evitar complicações graves e mortes.
Em Mogi das Cruzes, a redução dos casos de dengue passa, portanto, por um esforço conjunto. A população precisa estar atenta e engajada na eliminação dos focos de mosquito em seus lares e comunidades, enquanto o poder público deve atuar de forma proativa, promovendo a educação, a fiscalização e a infraestrutura necessárias para combater a proliferação do Aedes aegypti. Somente com essa união de esforços será possível inverter o quadro alarmante de 2024 e evitar que novas vidas sejam perdidas.

Redação

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