Não há consenso entre os pesquisadores e estudiosos do rock sobre quando, onde, e como surgiu.
Há referências de que a primeira gravação de rock foi tocada em uma estação de rádio, em Ohio, EUA, em 1951, porém sem mencionar a música.
É difícil dizer quando o rock and roll surgiu. Acredita-se que em algum momento entre o final dos anos 40, e início dos 50, como fusão do rythm’n’blues, blues, folk e do “boogie woogie”. O termo já era usado como verbo e tinha um sentido sexual, amoroso. No blues pode ser encontrado em letras mais antigas, como ” Rock me Baby”, um blues gravado entre outros por B.B. King, Joe Turner, Rod Stewart, Johnny Winter, e Jefferson Airplane.
Traz em sua letra versos como:
“…Rock Me Baby, Rock Me All Night Long, … Rock Me Baby, Rock Me All Night Long, Cause When You Rock And Roll Me, My Back Ain´t Got A Bone”.
Nos EUA, além de Little Richard; Chuck Berry, Carl Perkins, Elvis Presley; surgiu o rock instrumental do “The Ventures”; na Inglaterra surgiu o “The Shadows. Estes grupos de rock instrumental modelaram o aparecimento de muitos outros, por todo o planeta, inclusive no Brasil. E em Mogi das Cruzes?
Em meados dos anos 60, Renato Piacentini; Edson Rogério Baños e João Antonio Batalha Neto, formaram o “The Beatniks”, que se apresentava nos shows estudantis, promovidos por Janoel Cardoso, pai do cantor mogiano Janoelzinho, no palco do Liceu Braz Cubas.
Mais tarde, com a saída do guitarrista João Batalha, Renato convidou Luiz Augusto Vianna do Rio para compor o grupo, junto com o baterista Maurício. O “The Beatniks” passou a se apresentar em shows nas radios mogianas “Marabá” e “ Rádio Metropolitana”, nos clubes,locais e nas emissoras de televisão de São Paulo, “TV Paulista-canal 5” e “TV Tupi-canal 3”, em programas dedicados ao público jovem e ao rock’n’roll.
Em 1965, o “The Beatniks” precisou mudar de nome. Um grupo de rock de São Paulo havia registrado o nome para uso exclusivo.
Renato e Luiz Augusto passaram então a buscar um novo nome.
Após muito esforço, e muitos nomes ridículos depois, surgiu “The Black Stones”. Na época, os nomes dos grupos eram escolhidos preferencialmente em inglês; era mais “chic”. Outra novidade foi a escolha do contrabaixista. Todos queriam ser guitarristas, ninguém queria tocar contrabaixo. A solução foi realizar um sorteio, e o sorteado que se conformasse.
Continua…
Fonte
– Depoimento e texto do músico participante da banda Black Stones, Luiz Augusto Vianna do Rio
