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Suzano implanta projeto pioneiro de combate ao mosquito da dengue

Com o objetivo de combater efetivamente a disseminação do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde de Suzano fechou uma parceria com a empresa de biotecnologia avançada Oxitec, por meio da Prime Soluções Ambientais, para a implantação do projeto “Aedes do Bem” em 30 pontos do município. Trata-se de um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que tem como premissa reduzir consideravelmente na cidade a quantidade de mosquitos fêmeas que transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, utilizando mosquitos machos modificados geneticamente.

O projeto está previsto para iniciar na primeira quinzena de fevereiro e é pioneiro no Alto Tietê. Conta com a adesão de diversas cidades do Brasil, como as paulistas Piracicaba e Indaiatuba e as mineiras Congonhas e Patos de Minas. Em Piracicaba, o estudo apresentou uma redução de 91% no número de casos de dengue registrados após o primeiro ano, segundo dados apresentados pela Oxitec.

Utilizando mosquitos machos modificados, que não picam nem transmitem doenças, o projeto da gigante britânica reduz a quantidade de fêmeas responsáveis por transmitir doenças por meio do acasalamento. Os “insetos do bem” iniciam uma procura pelas fêmeas e, após o cruzamento, os machos herdam a característica autolimitante. Por sua vez, as fêmeas não conseguem atingir a fase adulta. O resultado é a diminuição na quantidade de mosquitos que transmitem doenças e, consequentemente, o controle populacional na região tratada.

De acordo com a Oxitec, para ser realmente efetivo, o projeto precisa ser implantado em locais mais populosos. Em Suzano, a região norte será priorizada neste primeiro momento com a colocação de caixas em pontos estratégicos que vão garantir a permanência do “Aedes do Bem” nos locais mais populosos.

A coordenadora de Controle de Zoonoses, Priscila Arap, afirmou que o projeto reforça as ações de combate às doenças transmitidas pelo mosquito. “Ele vem ao encontro com nosso trabalho de combate à fêmea, que transmite todas essas doenças, ao contrário do macho, que serve apenas para a cópula e formação dos ovos. Sem dúvidas vai diminuir o número de casos, uma vez que reduz o número de mosquitos transmissores no ambiente”, afirmou.

Para o diretor-médico da Secretaria de Saúde, Diego Ferreira, a pasta acertou aderindo ao projeto. “É muito importante porque vai combater diretamente no ponto inicial da transmissão da dengue, que é a não formação de novos transmissores”, acrescentou.

O secretário de Saúde, Pedro Ishi, citou os números das cidades que receberam a iniciativa para reforçar a importância da implantação do “Aedes do Bem” em Suzano. “São dados bastante significativos apresentados pelos municípios. Piracicaba tem um dado impressionante, estamos falando em redução de 91% em casos de dengue. Suzano vai pelo mesmo caminho, pois a ideia é muito efetiva”, disse.

Redação

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