A direção da Santa Casa de Mogi nega que o problema para renovação do convênio com a Prefeitura de Mogi para manter o atendimento no Pronto-Socorro seja financeiro e alega falta de estrutura para seguir recebendo casos de emergência no local.
Em uma nota de esclarecimento, a entidade informa que a decisão foi baseada em “restrições estruturais e operacionais”. Ainda de acordo com a nota, o convênio foi inicialmente firmado em 2003, quando a cidade não possuía as condições necessárias para ter um pronto-atendimento. A alegação da Santa Casa é que, desde então, o município avançou nos equipamentos de saúde disponíveis. Segundo o documento, “Hoje não se faz mais necessário a participação da pequena estrutura do Pronto-Socorro na Santa Casa, uma vez que, Mogi das Cruzes possui elogiável e moderna estrutura para atendimento da população”.
Com o fim do convênio, marcado para 26 de novembro, o hospital pretende focar suas ações nas especialidades referenciadas como Ortopedia, Neurologia, Oftalmologia, Ginecologia e Obstetrícia.
Prefeitura
A administração municipal informou, por meio de nota, que, em sua atual gestão, mais que duplicou o valor do repasse mensal para funcionamento do Pronto-Socorro da Santa Casa. “Apesar de ter recebido todo o apoio da Prefeitura, a Santa Casa se manifestou contrária à renovação do convênio e o assunto foi levado ao Governo do Estado de São Paulo, já que o atendimento não diz respeito só a Mogi das Cruzes e sim à região do Alto Tietê, compreendendo também os municípios de Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis”.
Ainda de acordo com a Prefeitura, diante da indisponibilidade de imóvel na região central, uma alternativa seria adaptar o Pronto-Socorro nas instalações do Hospital Municipal, em Brás Cubas. “Existe a necessidade de manifestação do Governo do Estado de São Paulo, do município que vem realizando os estudos necessários, e bom senso da Santa Casa, que é uma entidade filantrópica”, finaliza a nota.