A Semana



Os homens e o cuidado com a saúde

Que os homens vão menos ao médico, todo mundo sabe. Seja por alegada falta de tempo, medo de parecerem fracos ou preconceito com a realização de alguns exames, o fato é que eles não cuidam tanto da saúde. Inclusive, há estudos comprovando isso mesmo. O Instituto Lado a Lado pela Vida, que lidera a campanha do Novembro Azul, realizou uma pesquisa em que concluiu que seis em cada 10 homens no Brasil só procuram um médico quando os sintomas estão mais insuportáveis.

É o caso do chefe de divisão da Prefeitura, Thiago Batalha. Hoje com 36 anos, ele já foi esse homem que só ia ao médico quando era inevitável. Os cuidados com a saúde também eram quase nulos. “A automedicação sempre era o que mais eu fazia. Não treinava, não corria, era sedentário mesmo. Comia gordura e outras coisas nada saudáveis”, explica.

Mas quando, aos 31, foi diagnosticado com um Linfoma de Hodkins, viu seu mundo cair e percebeu a importância de cuidar melhor de si mesmo. “Descobri após dores fortes na garganta e inchaço de linfonodos. A perna direita também inchou demais. Tive suores noturnos intensos, emagrecimento muito radical e febre”, relembra. Durante um ano, ele fez o tratamento e encarou as dificuldades e sintomas causados pela medicação. “Quando fazia a quimio não conseguia comer por dois, três dias. Tinha feridas na boca e comecei a inchar. Cheguei a pesar 110kg”, conta.

Durante o tratamento e após o diagnóstico de metástase confirmado, ele criou o projeto Vença Sorrindo, em que realizava palestras para falar da sua experiência. “Eu percebi que ou eu esperava a morte ou eu lutava, e eu decidi lutar”. Ver as pessoas voltando a acreditar na cura era seu combustível de luta. Foi então que em abril de 2019, mês do seu aniversário, ganhou de presente a remissão.

Vida nova pós-câncer

“Existe um Thiago antes do câncer e outro depois”. A afirmação de Batalha reforça que ninguém permanece o mesmo após um diagnóstico destes. “Impossível ter a mesma mente, a mesma forma de enxergar a vida”.

Após a doença, Thiago passou a fazer exercícios físicos todos os dias, tem uma alimentação balanceada, faz corrida, dorme bem e faz exames periódicos semestrais e tem acompanhamento anual com oncologista. “O prazo de remissão é em média 5 anos para depois se considerar curado. Até hoje com todos os cuidados não foi encontrada nenhuma célula metástatica no meu sangue”.

Redação

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