A Semana



O imbróglio da Santa Casa

Pouco mais de um ano depois da polêmica da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes não querer renovar o convênio com a Prefeitura para o Pronto-Socorro, eis que volta o imbróglio e, ao que parece, a diretoria da entidade filantrópica parece irredutível e não quer de jeito nenhum seguir com o convênio.
Durante muitos anos, a Santa Casa pleiteou o aumento do repasse destinado ao convênio do PS, o que foi atendido no ano de 2021 pela atual gestão municipal. O teto estipulado para pagamento mensal do convênio é de cerca de R$ 2,2 milhões – o dobro da antiga gestão.

De acordo com a Prefeitura, a Santa Casa recebe mais do que gasta e o assunto já foi levado ao Governo do Estado de São Paulo, já que o atendimento não diz respeito só a Mogi das Cruzes e sim à região, compreendendo também os municípios de Guararema, Biritiba Mirim e Salesópolis.

Já a diretoria do hospital alega que, desde o início do convênio, em 2003, foram construídos vários equipamentos de saúde, em detrimento de melhorias na Santa Casa, e que a verba é insuficiente para a demanda atendida, sobretudo pela falta de leitos de urgência e emergência para atendimento.

Quem perde com tudo isso é o cidadão, que, mais uma vez, se vê sem saída para o Pronto-Atendimento em Mogi, enfraquecido com o fechamento do OS do Hospital Luzia de Pinho Melo. Enquanto se buscam soluções aos 45 minutos do segundo tempo, que a população não fique desassistida.

Redação

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