O Poder Judiciário agendou para o dia 7 de dezembro uma nova audiência de conciliação entre a Prefeitura de Mogi das Cruzes e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) sobre o projeto do Governo do Estado para a concessão de rodovias do chamado Lote Litoral Sul, que inclui a implantação de pedágios nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga.
A informação foi confirmada pelo prefeito Caio Cunha, durante o último ato realizado contra a cobrança nas rodovias, na noite de terça-feira, 7, no auditório do Cemforpe. O evento reuniu 700 pessoas, entre autoridades e representantes dos mais diversos segmentos da sociedade civil.
Caio Cunha ressaltou os prejuízos que serão trazidos com a implantação do pedágio, com impactos negativos a todos os setores da economia, além de custos aos mogianos que transitam diariamente pelas vias para trabalhar ou estudar.
“Toda a cidade esteve representada no Cemforpe e, mais uma vez, reafirmamos nossa posição contrária ao pedágio absurdo. É totalmente desproporcional e injusto com a nossa cidade. A arrecadação do pedágio no município é de 17% do total do projeto da concessão e o retorno é de apenas 0,5%. Não tem nenhuma compensação a não ser a duplicação de 1,5 quilômetro da estrada do Evangelho Pleno”, reforçou.
Arrecadação
O chefe do executivo mogiano lembrou a previsão de arrecadação com os pedágios da Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga nos 360 meses da concessão é de R$ 1,791 bilhão. Com este montante, seria possível a construção de 119 escolas municipais, 238 obras de mobilidade urbana das dimensões da construção do complexo viário na região da praça Kazuo Kimura, a construção de 1.791 quadras poliesportivas e o custeio do pronto-socorro em todo o período da concessão.