A Semana



Mulheres exercem cargos de liderança em setores estratégicos do Mogi Shopping

Uma boa notícia na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher: a presença feminina em cargos de liderança vem crescendo no mundo, tendência que se reflete também no Brasil. Dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, com base na 16ª edição do Global Gender Gaz Index, mostram que, atualmente, as mulheres ocupam um terço dos cargos de comando em empresas no mundo e devem conquistar ainda mais espaço. Isso porque a participação delas vem aumentando: subiu de 33% em 2016 para 37% em 2022. Em alguns setores, elas representam quase a metade dos cargos de liderança, como em ONGs e associações (47%), educação (46%) e serviços pessoais e de bem-estar (45%).

O caminho para a paridade de gênero ainda é longo, mas tem avançado à medida que mais empresas incluem a diversidade entre seus valores organizacionais. Em Mogi das Cruzes, o Mogi Shopping é um bom exemplo, pois conta com lideranças femininas na gestão de três áreas estratégicas: financeira, marketing e operacional.

À frente desses setores estão profissionais que conquistaram espaço não somente por serem mulheres, mas, principalmente, pela competência e alta qualificação profissional, que inclui especialização em suas áreas e pós-graduação no currículo, entre outros atributos.

Cinthia Manhani, 37 anos, é gerente financeira comercial do centro de compras mogiano, atua na área de shopping centers desde 2013 e tem graduação e pós-graduação. Por ter se tornado mãe aos 23 anos, no início da vida profissional, conheceu bem os desafios das mulheres que precisam conciliar carreira e maternidade.

“A mulher é desafiada o tempo todo a provar sua capacidade no trabalho, no cuidado com a casa, como mãe. Também é desafiador fazer com que, numa mesa de negociação, ouçam uma liderança feminina em situação de igualdade, num espaço que deveria ser, naturalmente, igual para todos”, diz a gestora.

Cinthia observa que a presença feminina transforma para melhor as empresas. “O olhar da mulher, com um pouco mais de delicadeza, torna o ambiente de trabalho mais humano”.

A gerente de Marketing do Mogi Shopping, Gisele Mesquita, 32 anos, deu os primeiros passos profissionais no Jornalismo, área na qual fez a graduação. Em 2015, ao concluir o primeiro de dois MBAs, a carreira começou a mudar de rumo diante da oportunidade de atuar como analista de marketing em um shopping. Meses depois, foi promovida a coordenadora.

Há um ano está em Mogi das Cruzes e gerencia o marketing do shopping local. É ela quem está à frente de diversos projetos e ações que movimentam o empreendimento o ano inteiro, como eventos, promoções, atividades culturais, de entretenimento, lazer, entre outras.

Gisele não vê a mulher como “sexo frágil”; “Nunca me senti inferior e não bato de frente com o ‘sistema’, mas me empenho constantemente para entregar o meu melhor e assim poder fazer a diferença. Desafios sempre existem e necessário que haja adaptabilidade para superá-los”, diz a gerente, que lidera um departamento composto exclusivamente por mulheres.

Paola Castro, 37 anos, já sentiu reflexos da desigualdade e do preconceito. Hoje é coordenadora de Operações do Mogi Shopping, mas começou a carreira como técnica mecânica, num meio predominantemente masculino. “Eram pouquíssimas mulheres na sala de aula, conseguir vaga de estágio também era difícil. Cheguei a ouvir de um homem que aquele lugar não era para mim, que deveria fazer curso de corte e costura”, conta Paola, que tempos depois fez faculdade de Arquitetura e um MBA (está cursando outro). A partir daí a carreira migrou para a área de shoppings.

Em 2020, Paola assumiu a coordenação de Operações do shopping mogiano. Está na linha de frente de pelo menos 180 colaboradores, sendo boa parte mulheres. Entre planejamentos, estratégias e reuniões, arruma tempo para ir a campo e acompanhar os trabalhos. Sob o setor dela estão limpeza, segurança, obras, paisagismo, manutenção, entre outros, para que tudo funcione bem num complexo de lojas, serviços e lazer.

Paola concorda com a afirmação de que as mulheres estão sempre sendo testadas e desafiadas, e isso é uma cultura da sociedade como um todo. “É preciso provar a competência diariamente. Mas também sinto que há uma mudança de postura nas empresas ao longo dos anos com maior abertura e oportunidades para as mulheres. Fui convidada a estar onde estou hoje, na coordenação de Operações, que anteriormente era um cargo ocupado por um homem. O Mogi Shopping me deu esta oportunidade, viu e reconheceu meu potencial. Amo o que eu faço”, concluiu.

Redação

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