O balanço das ações de combate ao furto de energia realizadas pela EDP mostra que, em todo o ano de 2023, foram recuperados na região 57 mil megawatts-hora (MWh). A quantidade de energia desviada é suficiente, por exemplo, para o abastecimento de uma cidade do porte de Itaquaquecetuba por mais de dois meses. Foram mais de 12,6 mil ocorrências de fraudes registradas, o que representa um aumento de 5% em comparação com o ano anterior.
Itaquaquecetuba lidera os indicadores da região, com 5.812 fraudes identificadas, que resultaram em 25.416 MWh recuperados. Apenas a quantidade de energia recuperada pelas operações na cidade seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Ferraz por um mês.
Os investimentos da EDP em tecnologia têm sido fundamentais para o combate a esse crime. A detecção de potenciais alvos de irregularidade é realizada por meio da análise dos diversos padrões de consumo dos clientes, em boa parte feita por meio de algoritmos de inteligência artificial, métodos e ferramentas estatísticas. Esse mapeamento permite um melhor direcionamento das equipes especializadas para as inspeções em campo.
Além de ser uma prática perigosa, as fraudes podem provocar sobrecarga na rede elétrica, com prejuízo para a população que sofre com a falta do fornecimento em suas residências e ruas ou, por exemplo, com danos aos equipamentos elétricos e ainda devido à queda na qualidade da energia. A EDP reforça que somente profissionais habilitados podem manusear a rede elétrica, com a técnica e os equipamentos de segurança necessários.
Crime
O furto de energia é crime previsto no Artigo 155 do Código Penal Brasileiro, que estabelece pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa. Além do processo criminal, o proprietário do estabelecimento irá arcar com a cobrança de toda a energia não faturada no período.