A Semana



Especialistas se unem para debater o bullying em livro

Afinal, o que é bullying e que consequências ele pode causar na vida das pessoas, tanto para quem é agredido ou para quem agride? Esta e tantas outras questões estão para serem esclarecidas por meio do livro que o delegado titular da Delegacia de Poá, Eliardo Jordão, e os advogados Jeruza Reis e Juliano Duarte estão escrevendo. Especialistas no assunto, e em tantos outros temas que envolvem a violência escolar, o renomado trio está há dois meses afinando as ideias e desenvolvendo pesquisas para abordar o tema de uma maneira mais acessível e explicativa, além de lúdica. A expectativa é que a obra seja lançada no primeiro semestre de 2023.

Além disso, eles estão se cercando de profissionais da área da Comunicação que vão ajudar com que essa ideia ganhe um repercute nacional. A proposta, também, é fazer palestras em escolas (públicas e privadas) e em locais onde haja a circulação de crianças e jovens, além de pais e responsáveis. Para isso, a troca de ideias entre eles é intensa para que o livro alcance o sucesso tão desejado.

“Queremos explicar que bullying é qualquer comportamento exercido por um indivíduo ou grupo, com intenção de controlar, prejudicar ou magoar alguém, física ou psicologicamente.O assunto é bem delicado, por isso estamos nos cercando bem de referências para falar com crianças e jovens em fase escolar, que vivenciam experiências todos os dias nas escolas, em grupos e no mundo online. Estamos preparando artigos e adequando a linguagem mais apropriada para esse público-alvo, tanto da rede pública como da particular de ensino”, destaca a advogada Jeruza, que há 27 anos atua na área. Especialista em Direito Empresarial, com ênfase em Direito Imobiliário e Ambiental, Direito de Família e Interesse Difusos e Coletivos, ela defende que o tema deve ser amplamente debatido.

A doutora Jeruza tem uma vasta experiência no assunto referente ao tema sobre a violência contra a mulher e ela diz que é importante que essas informações cheguem claras e coesas às pessoas, ainda no período escolar: “Tudo isso, a fim de minimizar a violência doméstica e familiar contra mulheres, que cresce de forma alarmante. Desde cedo, temos o dever de abordar a questão, a fim de esclarecer e educar para o respeito mútuo e recíproco”. Além disso, todo esse conhecimento se dá em razão do período em que a advogada Jeruza esteve à frente da Secretaria da Mulher, em Poá, de 2017 a janeiro de 2020. “Foi um período ótimo, que me trouxe um amplo conhecimento da realidade da população feminina da zona leste e sobre a necessidade de termos políticas públicas voltadas às mulheres. Não apenas no enfrentamento, quando da violência e onde procurar ajuda, mas quais os programas e projetos que favorecem essas mulheres em vulnerabilidade social e psicológica”, esclarece a advogada.

O advogado Juliano Duarte, com 20 anos dedicados à advocacia, é especialista em Direito Empresarial, com pós-graduação em Direito e Gestão do Meio Ambiente e Direito e Prevenção ao Bullying e Cyberbullying. “A nossa iniciativa, além de unir forças e conhecimento, é promover a cultura da paz, combatendo fortemente a violência nas escolas. A doutora Jeruza é especialista na questão da defesa das mulheres e o doutor Eliardo se junta a nós na parte criminal. Vai ser uma obra bem bacana, com informações esclarecedoras e um conteúdo claro e lúdico para atingir os adolescentes e jovens em fase de estudos, além, claro, de chegar aos pais e responsáveis e gestores das escolas. É importante que todos tenham acesso ao assunto”, enfatiza o advogado, que preside a Comissão de Direito de Antibullying da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi das Cruzes e é consultor e palestrante nessa área.

O outro escritor é o delegado Eliardo Jordão, que traz em sua bagagem 15 anos dedicados a combater o crime. Desde 2019, ele é o delegado titular na Delegacia de Poá. Também atua como professor de Direito na Faculdade de Suzano. “Eu, particularmente, rodei muito nas escolas, especialmente em Itaquaquecetuba, com o projeto ‘Delegacia Legal’, por meio do qual desenvolvia um trabalho de inclusão social e debatíamos temas como bullying, drogas e Lei Maria da Penha, tanto para os jovens estudantes, como também o corpo docente, pais e responsáveis. Até a emissão de documentos pessoais, como o RG, fizemos. Era o Estado indo ao munícipe. E o nosso trabalho começou aí. Conheço os doutores Jeruza e Juliano há alguns anos. Estamos todos engajados nessa questão de combate à violência e fomos amadurecendo a ideia de compartilharmos as nossas experiências e mostrar para a população os meios legais para se enfrentar qualquer tipo de violência”, explica o delegado Eliardo.

Redação

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