Apaixonado por ver a vida com os olhos da fotografia, Robson Regato, 63, estreia neste sábado. 19, sua exposição itinerante “A mulher do circo” no Parque Max Feffer, em Suzano. Até setembro, a mostra, que remete a elementos tradicionais do circo, com painéis de quase dois metros de altura, fica na Região, para depois partir para a capital. Mogiano, nasceu no Hospital Santana e passou a infância no Shangai.
Da época em que a rua era de terra e não passava carros, lembra de passar as tardes na rua com um grupo de cerca de 20 crianças. “A rua era o quintal de casa”, conta. É formado em Arquitetura pela UBC desde 81, por anos fez cursos de especialização em Semiótica e também fez aulas de teatro, dança e artes circenses. Começou na fotografia depois dos 42 anos, por incentivo do amigo e também fotógrafo Laílson Santos. “O teatro me direcionou à Fotografia”, diz.
Robson Regato | Fotógrafo
Aos dez anos, escondido dos pais, ia para a feira para, em troca de umas moedas, ajudar senhoras a carregar as compras. Aos 13, foi office boy na Cidade Modas e depois, entre os 14 e 16 anos, foi contratado através do programa Adote um Atleta para trabalhar em uma indústria como modelador de fundição. Atuou na área de Atendimento de uma agência de publicidade por um ano e depois, na Secretaria da UBC, onde estudava. Montou sua própria agência, a RJ Publicidade, onde atendia comércios da região. Em São Paulo, foi diretor de arte em algumas publicações impressas e foi diagramador da Folha de São Paulo em 85. De volta a Mogi, foi consultor de alguns jornais na região e, em 99, abriu seu estúdio de fotografia com Laílson.
Solteiro, mora em César de Souza e é pai da jornalista Nina, de 37 anos. O xodó da vida dele são os netos Mel, de seis anos, e Davi, de 4, com quem gosta de jogar e inventar várias brincadeiras. A rotina corrida o leva a fazer grande parte das refeições fora, mas conta que seu Steak Tartare arranca elogios.
Taurino, considera-se criativo, mas obsessivo em sempre ultrapassar limites. Mantém a forma com ginástica e alongamento em casa. Seu estilo de vestir é casual e gosta de usar echarpe. Sua cor é o branco e recomenda a trilogia “Sexus, Nexus e Plexus”, de Henry Miller. Gostou do filme “A Lenda do Pianista do Mar”, dirigido por Giuseppe Tornatore. Das suas viagens pelo exterior, ficou fascinado com a beleza de Estocolmo, na Suécia. Pelo Brasil, revela uma grande afinidade com Salvador-BA. Seu sonho de consumo é um jatinho para levar os netos para Paris, mas seu projeto é continuar trabalhando para explorar o desconhecido. O filho primogênito dos saudosos Roque e Rosélia Regato aprendeu principalmente com o pai a entender e respeitar as mulheres. Acredita que a vida é definida por ela mesma, por isso, sua frase é: “A vida é quem sabe”.