Com muita simpatia, o coronel Rodrigo Quintino, 50, me recebeu na sede do Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPAM-12), que está sob sua liderança desde março. Na sua atuação no controle das polícias do Alto Tietê, ele pretende resgatar a autoestima da tropa, melhorar a sinergia entre os órgãos de segurança pública e investir em mais tecnologias inteligentes no combate à criminalidade.
Natural de Ribeirão Preto-SP, da infância recorda o convívio na casa dos avós maternos Gabriel e Dinorah e o sítio dos avós paternos Agnelo e “Filhinha”. Tem bacharelado em Educação Física, mestrado e doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, além de cursos em Fisiologia do Exercício, Administração de Empresas e MBA Executivo, na Insper.
Sua trajetória na polícia começou quando o pai, militar de carreira, folheava o jornal “A Cidade” e, ao ver um anúncio do vestibular da Academia do Barro Branco, o incentivou a se inscrever. “Nunca esteve no meu radar virar policial até aquele momento”, confessa.
Rodrigo Quintino | Coronel da Polícia Militar
Aos 21, atuou dois anos no policiamento do centro de São Paulo. Formou-se bombeiro e comandou por cinco anos o posto da Consolação. Em 2006, foi convidado a gerenciar a Defesa Civil. Passou pelos Bombeiros em Ribeirão Preto, foi assessor militar na Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Brasília, por cinco anos até voltar para a Defesa Civil. Também respondeu pela Casa Militar e pela chefia de Gabinete da Casa Militar do governador do Estado.
Quintino durante a semana fica alojado no quartel e aos finais de semana vai para Ribeirão, para estar com a família. É casado com a bombeira Alexandra, pai da Rafaela, 20, e Luiza, 11. Juntos, adoram, viajar para a Serra da Canastra-MG. Garante que é um excelente cozinheiro e compartilha comigo sua última receita: Ossubuco com Risoto de Alho Poró. Virginiano, diz que é organizado e metódico, características que quando exerce de forma exacerbada se tornam um defeito. Faz ciclismo, musculação e pilates.
Sua cor é o azul e perfuma-se com L’Eau Bleue de Issey Miyake. Recomenda o livro “A Construção da Maldade”, de Roberto Motta, e a série “House of Cards”. Ficou 45 dias em Kobe, no Japão, e se encantou com o senso de comunidade e a cultura da paz do povo. Pelo Brasil, elege sua terra natal como seu destino favorito, apesar de confessar sonhar com uma chácara na região da Serra da Canastra. Pensa em, depois da aposentadoria, se dedicar mais a projetos sociais. Católico devoto de Nossa Senhora da Aparecida, recentemente, fez um trajeto de 420 km entre Tambaú e Aparecida de bike. O filho de Agnaldo Quintino, 78, e Joana Darc Teixeira Neto, 76, aprendeu com os pais a importância da educação e ética. Conta que sua vida é firmada em três pilares: fé, cuidar do bem-estar e família. Sua frase: “Acredite em Deus, seja Ele quem for, nossa consciência ou nosso Criador”.