A Semana



Em ‘Cunhã’, Sandra Vianna leva reflexão e boa música a palcos de Mogi 

Com canções sobre os vários momentos e fases vividas pelas mulheres, ‘Cunhã’, de Sandra Vianna, é sucesso e está em circulação com shows gratuitos possibilitados por recursos do Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes (Profac). Após duas apresentações já realizadas, a próxima está marcada para às 19 horas do dia 12 de abril, no Centro Cultural de Mogi, que fica na praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, 360.

No palco, além da voz de Sandra Vianna também estão confirmadas a cantora e violonista, Valéria Custódio, a percussionista Flavia Caruso e a intérprete de Libras Ana Paula Peres, além da produtora executiva Deizy Mano, a produtora Carla Pozo e o apoio técnico de Luna Nakano, Débora Ribeiro, Léo Zerrah, Mauricio Noro, João Correa, e Thiago Cardoso.

Todo este time joga luz às faixas de ‘Cunhã’, disco lançado em 2022 e portanto fruto da pandemia, mas com reflexões e pensamentos atemporais e necessários.

“Tanto no show da Emesp, no dia 15 de março, como na Acadêmicos da Fiel, no dia 24, conseguimos alcançar nosso objetivo, que é levar nossas mensagens de positividade e amor ao maior número possível de pessoas”, avalia a cantora, que continua.

“O Show na Emesp foi uma experiência extremamente gratificante, de um acolhimento sensível e caloroso, de uma troca imensurável. As artes precisam chegar lá, pelos artistas e pelos estudantes e corpo docente. Agradeço profundamente à toda equipe do local, educadores, coordenação e diretoria, por ter nos proporcionado esse momento tão importante, principalmente em um momento em que ainda temos que lutar contra uma série de preconceitos”, afirma Sandra.

Já na Acadêmicos ela promete voltar. “Por lá o trabalho foi muito bem acolhido e desenvolvido sem percalços. Pude constatar a carência do bairro, onde retornarei com mais ações em breve, para me aproximar ainda mais da comunidade”.

Repertório

‘Cunhã’, a palavra, significa “Mulher” em tupi-guarani. E essa não é a única referência do álbum de Sandra Vianna aos povos originários, já que uma das faixas é ‘Irũ’, que vem da abreviação da palavra “Atairũ”, que significa “companheiro de percurso na nossa Nave Mãe Terra”. 

Porém, um dos maiores exemplos de que as faixas se desdobram sobre os muitos momentos vividos pelas mulheres está em ‘Filha de Uma Maria’, composta como um desabafo, uma libertação. 

“É a resposta a uma música que ouvi durante uma tarde toda nos ensaios dos meus vizinhos músicos, quando morava no litoral. O refrão ‘Maria ria, Maria aria, Maria o fogão tá te esperando…’ me agrediu a noite toda”, relembra Sandra Vianna, com um sorriso no canto do rosto. O sorriso de quem devolveu, no dia seguinte, com os versos “É filha de uma Maria, levanta a cabeça e vai”.

E o show apresenta outras histórias, como ‘Roma’, composta por Léo Nogueira e Clarisse Grova, que nas palavras de Sandra Vianna é “o tapa na fuça do peão”; ‘Bacante’; ‘Mágica do Tempo’ e ‘A Música’, composta em parceria com Roberta Campos e que recentemente ganhou nova versão na voz do cantor Brenô.

Também há ‘Floresta em Pé e Fascismo no Chão’, “que diz tudo nesse momento de grande alterações climáticas”; ‘Índia Lua’, canção de Antonio Pereira de Manaus; ‘Empatia’, de Rui Ponciano e Dani Dias; e ‘Oração do Artista’, de Khalil Magno, que cita diversas personalidades das artes de Mogi das Cruzes; 

“Eu canto também uma inédita, letra minha musicada por André Melo. É ‘Yabás’, que faz referência à ancestralidade a ao empoderamento feminino, onde no refrão saúdo as Yabás: Oxum, Iemanjá, Iansã, Nanã, Obá e Ewá”, conta Sandra Vianna, sobre uma das novidades da produção.

Mais detalhes estão disponíveis nas redes sociais da artista (https://www.instagram.com/sandraviannaoficial/ e https://www.facebook.com/asandravianna/). 

Redação

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