Depois de mais um Dia de Finados, não tem como não falar da situação dos nossos cemitérios. Não é de hoje que se fala do receio de que os três cemitérios da cidade não comportem mais o enterro dos nossos mortos. E, agora, como se isso não bastasse, ainda precisamos nos preocupar com os furtos dos jazigos.
Quando o assunto é falta de sepulturas, a maioria dos moradores do Alto Tietê já lembra um fato inusitado que aconteceu em Biritiba Mirim em 2005. Na ocasião, um decreto da Prefeitura proibia as pessoas de morrerem. Parece piada, mas a medida do então prefeito Roberto Pereira da Silva, o Jacaré, era uma resposta à falta de túmulos no único cemitério da cidade.
A verdade é que o problema de cemitérios lotados não é exclusivo da pequena cidade de Biritiba. Aqui em Mogi, o problema já é debatido há anos. Por várias vezes se falou da necessidade de avaliar a real necessidade do município e se eventualmente será preciso a construção de um quarto cemitério.
O debate é longo mas nada de concreto sai dessas discussões, seja para solucionar a iminente falta de vagas ou até a criação de uma parceria público-privada para a implantação de um crematório. Enquanto isso, só nos resta torcer para não morrer e não ter onde ser enterrado.
Com a palavra, a Câmara e a Prefeitura de Mogi das Cruzes.