O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) Alto Tietê marcou presença na reunião da entidade com o governador eleito Tarcísio de Freitas. Durante o encontro foram apresentadas 16 sugestões da indústria para o desenvolvimento do setor nos próximos anos. Entre as demandas estão o aumento nos investimentos em infraestrutura, redução do Custo Brasil, ampliação no prazo de recolhimento de impostos, uso de créditos de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e desoneração dos investimentos.
A reunião mensal das diretorias do CIESP, realizada nesta semana, no Teatro SESI-SP, na capital paulista, contou com a participação de mais de 500 lideranças de entidades e empresários. Para o diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro, o encontro foi uma oportunidade de estreitar a relação da indústria com o novo governo. “Somos um dos principais motores econômicos, mas nos últimos anos a indústria paulista viu empresas saírem do Estado e até mesmo fecharem as portas. Precisamos de condições para continuar a investir e apoio para crescer. É importante que o novo governo mantenha as parcerias firmadas e amplie a atenção para nossa Região. Concentramos mais de duas mil fábricas e abrigamos a maior área de ZUP 1 da Região Metropolitana, que inclusive, deve ganhar um acesso para a rodovia Ayrton Senna, o que vai gerar mais desenvolvimento para nossas cidades”, destacou.
O presidente do CIESP, Rafael Cervone, apontou que São Paulo representa 11,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, no entanto, responde por cerca de um terço da arrecadação de tributos, o que, segundo o dirigente é desproporcional. “O que mais se aprendeu durante a pandemia de Covid-19 foi sobre a importância estratégica da indústria para um país, uma região. A indústria traz inovação, tecnologia e paga os melhores salários, além de influenciar muito no nível educacional da população”, analisou.
O governador eleito falou sobre a busca por investimentos privados, além de melhorias em transporte e infraestrutura, ressaltando a questão que ele nomeou como “alavancas de crescimento”, que englobam oferta de energia, crédito, infraestrutura, capacitação profissional e digitalização. “Está na hora de acionar essas alavancas para que o estado possa continuar sendo essa locomotiva. Nós não vamos mais ser obstáculo para a aprovação de uma Reforma Tributária. Às vezes a gente tem que entender que perde um pouco na largada, mas ganha no longo prazo”, disse.
No evento também foi apresentado o apoio da entidade a ampliação do Simples Nacional, projeto que tramita no Congresso Nacional. Na ocasião foi solicitado que o novo governo fortaleça essa medida que beneficiará, especialmente, as empresas de pequeno porte, que hoje representam a maior parte das indústrias da Região.
O evento contou com a presença ainda dos conselheiros do CIESP Alto Tietê, Renato Rissoni, Nunziante Graziano Neto e Carlos Yamanaka, além do coordenador do Comitê de Sustentabilidade, Sergio Alejandro, o presidente da Associação Gestora do Distrito Industrial do Taboão (Agestab), Osvaldo Baradel e o representante da CPOVOS, José Antonio Ferrari.