No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer nesse público. Para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71,7 mil novos casos por ano. Com a chegada do mês mundial de combate ao câncer de próstata, Novembro Azul, o Ministério da Saúde reforça que o diagnóstico precoce possibilita melhores resultados no tratamento.
Para a suspeita e posterior diagnóstico do câncer da próstata, vários aspectos devem ser considerados e, por essa razão, a consulta com o urologista se faz muito necessária. Dentre esses aspectos, ressalta-se a idade do paciente, seu histórico pessoal e familiar, características anatômicas da glândula, dentre outros.
O médico urologista Carlos Marins, que também preside a Associação Paulista de Medicina – Regional Mogi das Cruzes, diz que homens com fatores de risco e histórico familiar da doença devem iniciar os exames preventivos a partir dos 45 anos. “Já quem não tem fatores de risco pode fazer os exames de rastreamento a partir dos 50 anos”, explica o especialista.
Marins adianta ainda que a medição da concentração do antígeno prostático específico total (PSA) e o exame de toque são os testes mais indicados para o diagnóstico de câncer de próstata. “Um não exclui o outro, pelo contrário, eles se complementam, portanto, os dois recursos devem ser realizados inicialmente até mesmo para buscar precocemente o câncer”, esclarece, para logo acrescentar que o diagnóstico precoce é fundamental para a cura da doença.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco para o câncer de próstata estão a idade (incidência e mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos), o histórico familiar (pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos) e a alimentação (sobrepeso e obesidade). A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca ações e mudanças de hábitos que ajudam a reduzir os fatores de risco, como controle do tabaco, prevenção ao uso do álcool, prática de atividade física, alimentação saudável, combate ao sedentarismo e à obesidade, dentre outros.
Homens que apresentam alguma alteração suspeita, como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina, devem procurar um especialista.