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Câncer de mama aumenta 20% em 10 anos

O câncer é um problema de saúde pública mundial. Na última década, houve um aumento de 20% na incidência e espera-se que, para 2030, ocorram mais de 25 milhões de casos novos em todo o mundo.
No Brasil, são esperados 74 mil casos novos de câncer para o triênio 2023-2025. O câncer de mama feminina e o de próstata foram os mais incidentes com 73 mil e 71 mil casos novos, respectivamente. Em seguida, o câncer de cólon e reto (45 mil), pulmão (32 mil), estômago (21 mil) e o câncer do colo do útero (17 mil).

E numa época em que se fala tanto de empoderamento feminino sobretudo desde o lançamento do filme da Barbie, que aborda o tema, o cirurgião oncológico Ricardo Motta lembra que não adianta força e coragem sem saúde. “A mulher empoderada é aquela que se ama acima de tudo, que conhece seu próprio corpo e se cuida, mantendo sempre em dia consultas e exames de rotina porque sem saúde ela não vai chegar a lugar algum”, alerta o cirurgião oncológico Ricardo Motta.

De acordo com o especialista, os cânceres de mama e os ginecológicos ainda são os principais vilões contra a saúde da mulher. Os dados de incidência de câncer, principalmente o de mama, ainda são bem altos no Brasil. “A luta pelos seus direitos precisa estar sempre acompanhada pelo autocuidado, pela vontade de manter o seu bem-estar e qualidade de vida”, orienta Ricardo Motta.

Diagnóstico

E para estar bem consigo, a saúde precisa estar em dia. O diagnóstico precoce é o principal aliado contra qualquer doença, principalmente o câncer. “Quando o tumor de mama é descoberto em fase inicial todas as etapas para sua recuperação são menos agressivas, desde a cirurgia até os tratamentos oncológicos”, explica.

O tempo de descoberta e início do tratamento, protocolos seguidos também fazem a diferença neste processo de cura. “Recebo com frequência pacientes sem saber por onde começar. O acolhimento da mulher também é algo que precisamos repensar e, no consultório, temos feito com todo o carinho que a situação requer”, ressalta o especialista.

Motta frisa que esse cuidado humanizado é importante para manter a autoestima da paciente. “Nenhuma mulher está preparada para a remoção cirúrgica do seio, já que está totalmente ligada à sua feminilidade. Hoje o cirurgião especializado em oncologia tem esse olhar e ajuda neste processo do enfrentamento da doença com técnicas cirúrgicas que oferecem um resultado estético melhor para a mama depois da retirada do tumor, que vão impactar diretamente no psicológico da paciente”, explica.

Redação

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