A Comissão Permanente de Saúde da Câmara recebeu, na quarta-feira, 20, a mesa administrativa da Santa Casa de Mogi. Durante a reunião, os parlamentares obtiveram informações sobre as negociações para a renovação do contrato entre a Santa Casa e a Prefeitura, visando à continuidade do atendimento público no pronto-socorro da instituição médica.
Questões relacionadas a partos de alto risco, carência de profissionais médicos e detalhes do programa de gestão pública “Mãe Mogiana” também foram discutidas. Fábio Mattos, 1° tesoureiro da instituição filantrópica, respondeu às indagações da vereadora Malu Fernandes, presidente da Comissão sobre o rompimento do contrato da Santa Casa com o programa “Mãe Mogiana”, explicando que a decisão foi tomada devido à necessidade de condições adequadas para a prestação de serviços, semelhante à situação enfrentada no pronto-socorro. “Precisamos ter condições para prestar os serviços. Porém, o mesmo prestador que faz os partos na Santa Casa também toca o Mãe Mogiana”. Mattos também falou sobre a necessidade de contratar mais um médico de ginecologia obstetrícia para os plantões da filantrópica. “Há dois anos estamos pedindo mais um médico G.O. Temos apenas uma profissional para atender a porta do pronto-socorro a cada 24 horas. Em algumas situações, acumulam de 30 a 40 partos para atender. A médica não pode ir ao banheiro nem almoçar”.
Pronto-Socorro
Sobre as negociações para a renovação do contrato do pronto-socorro com a Prefeitura, que termina em abril, Mattos informou que uma comissão foi formada, composta por técnicos da administração municipal e representantes da Santa Casa, destacando que alguns avanços foram alcançados, como a possibilidade de contratar uma segunda médica especializada em ginecologia obstetrícia. No entanto, ele reconheceu que nem todas as demandas foram atendidas, mas considera o progresso obtido nos últimos tempos como positivo.
Iduigues expressou descontentamento pelo fato de os vereadores não terem sido incluídos nas negociações, destacando que a participação da Câmara poderia contribuir para resolver questões cruciais para a cidade. Ainda assim, o presidente da Casa, Francimário Macedo, o Farofa, disse ter ficado contente com o avanço das negociações para renovar o contrato. “Fico feliz que as negociações para renovar mais 12 meses estão avançando. Atender a população, especialmente o pronto-socorro, é prioridade. Ainda mais neste momento, com o agravamento dos casos de dengue, que estão deixando as UPAs superlotadas”.