Atual prefeito quer ser um facilitador político
Caio Cunha (Podemos), atual prefeito de Mogi das Cruzes, perdeu a última eleição para Mara Bertaiolli (PL), com um número expressivo de abstenções (26,71%). No final da apuração, Mara venceu o pleito por 51,08% (113.271 votos válidos) contra 31,15% (69.065 votos) de Caio.
Com essa diferença, Caio Cunha revela que o grupo opositor possuía mais investimentos e mais recursos, com aparelhamento de vereadores, e isso foi preponderante para a vitória, mas que, mesmo assim, a população escolheu, seja por qual fosse o motivo. “Nós trabalhamos, nestes quatro anos, dos bairros para o centro, e isto foi um risco”, comenta. E enfatiza que, trabalhando desta forma o centro da cidade e demais bairros não tomam conhecimento das benfeitorias feitas. Sobre o distrito de Jundiapeba, o prefeito comenta que investiram pesado, mas que não tiveram valor: “Investimos muito, durante o mandato, em Jundiapeba, e foi o local onde fui menos valorizado”.
Também revela que frustração é o sentimento com relação ao resultado da eleição, pois trabalhou para que viesse o segundo turno, a fim de tentar vencer o pleito. “A falta de 2.600 votos fez com que não fossemos para o segundo turno”, revela Caio.
Sobre a transição, explica que montaram duas comissões: uma organizada pela prefeitura, e outra pela nova gestão: “São 20 dias de transição. Fazemos os combinados, explicamos tudo o que eles querem saber para que tenham uma visão ampla de como a cidade está”. De acordo com o líder do Poder Executivo, querem deixar tudo pronto e mastigado para que a Mara veja e receba a cidade do jeito que está: “Vamos falar para ela sobre as questões orçamentárias, os projetos e tudo o que está em andamento”.
Sobre os próximos quatro anos, enfatiza que torce para que a nova prefeita tenha sucesso e que não seja refém de político, continuando alguns projetos realizados pela atual gestão, como o Mogi 500 anos e a questão da primeira infância. “Que seja uma excelente prefeita e reconhecida por diversos feitos. Não serei oposição jamais, se ela pensar no bem da nossa cidade. Quero ser um facilitador”, destaca.
Sobre planos futuros, diz que não sabe o que fará ao certo, mas que estará envolvido com a política eleitoral ou com a política social, fazendo com que as pessoas possam mudar por meio da política.
Para os mogianos, o recado é um agradecimento: “Obrigado pela paciência e por esse tempo. O mogiano sempre foi, na nossa gestão, a pilastra central da prefeitura. Respeitamos o ciclo econômico da cidade. Então, me sinto honrado por ter servido Mogi neste anos, em que conheci muitas pessoas e instituições. Foi uma imersão intensa e gratificante”.
Caio quer ser um facilitar para os próximos anos