O Brasil registrou um marco histórico ao se tornar o primeiro país do mundo a disponibilizar a vacina contra a dengue em seu sistema público de saúde. A inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS), realizada pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2023, foi uma medida tomada com a máxima urgência e prioridade.
No entanto, apesar dos esforços governamentais para agilizar o processo de vacinação, esbarramos em uma dura realidade: a limitação na produção das doses pela farmacêutica responsável. A demanda por vacinas excede significativamente a capacidade operacional e logística do fabricante, deixando um número alarmante de brasileiros em risco.
Atualmente, a estimativa é de que apenas cerca de 3,2 milhões de pessoas poderão ser vacinadas ao longo de 2024, uma fração ínfima diante da extensão da população vulnerável à dengue em nosso país.
É imperativo que os laboratórios redobrem seus esforços na produção desse imunobiológico crucial. O Brasil sempre foi reconhecido internacionalmente por sua excelência em programas de vacinação, e agora, mais do que nunca, precisamos dessa expertise para enfrentar a ameaça da dengue.
Além disso, é papel do Governo federal pressionar os fabricantes a aumentarem sua capacidade de produção e garantir o acesso universal e equitativo à vacina. Não podemos permitir que barreiras logísticas e de fornecimento limitem o alcance dessa importante medida de saúde pública.
A dengue não espera, e cada dia de atraso na ampliação da vacinação coloca mais vidas em risco.