Em Mogi, 969 seções estavam ativas no dia da eleição
As eleições do dia 6 de outubro em Mogi das Cruzes demonstraram a vontade da população para o futuro da cidade, seja pela porcentagem de votos válidos ou pela alta abstenção ocorrida.
Diante disso, a chefe do cartório da 287ª Zona Eleitoral, Juliana da Conceição, acredita que as eleições municipais refletiram tanto as preocupações locais quanto os desdobramentos de questões nacionais. Ao todo, foram 221. 751 votos válidos nas urnas, com 90.385 abstenções, chegando a atingir o percentual de 26,71%.
“Em Mogi, de modo geral, as eleições ocorreram de modo bastante tranquilo, sem incidentes dignos de nota, mas a alta abstenção pode ser atribuída a diversos fatores, como desinteresse, falta de informação sobre os candidatos, desilusão com a política ou mesmo dificuldades logísticas, como distância dos locais de votação”, relata Juliana.
Com relação aos votos nulos e brancos, a chefe do cartório revela que foram 14.212 nulos e 11.992 em branco, chegando aos 10,57% do número de eleitores aptos a votar: “Na cidade, 338.340 eleitores poderiam votar, mas 247.855 compaceceram às 969 seções que funcionaram no dia 6”.
Os munícipes que não foram exercer o seu direito, precisam justificar para não ficar com restrição com a Justiça Eleitoral, até o dia 5 de dezembro deste ano. As justificativas estão sendo recebidas pelo e-título ou presencialmente no cartório eleitoral. Também é possível fazê-la pelo autoatendimento eleitoral no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelo Sistema Justifica, também pela internet. Caso o eleitor não justifique a sua ausência, terá de arcar com o valor de R$ 3,51 como multa e alguns direitos civis suspensos, como: emissão de documento como carteira de identidade, CPF ou passaporte; participação em concorrências públicas ou administrativas; obtenção de empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais; participação em concursos públicos; obtenção de qualquer documento nas repartições diplomáticas a que estiver subordinado; prática de qualquer ato para que se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda; e renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.
Para Juliana, é extremamente importante que os eleitores justifiquem a sua ausência, mas que, principalmente, votem: “Votar é é a principal forma de participação cidadã e uma maneira de expressar a vontade da população sobre os rumos políticos e administrativos de uma cidade. Além disso, não adianta reclamarmos dos rumos que a cidade e o país tomam, se, quando podemos contribuir, escolhendo nossos representantes, optamos por nos abster de nossa parte.”
Juliana da Conceição faz um balanço das eleições municipais