O reforço na segurança das escolas, perante os recentes acontecimentos, está mudando a rotina de professores, alunos, pais e responsáveis. Aumento nas rondas, detector de metais, botão de pânico são algumas das medidas anunciadas pelo país todo, inclusive aqui na região.
Sim, prevenir é necessário. Apesar de aterrorizante, esse é o cenário que precisamos para agora. Mas isso é apenas a ponta do iceberg.
Muito se fala nas causas que levam adolescentes e jovens adultos a cometer esse tipo de crime. Fala-se em bullying, em negligência parental. Sim, são alguns dos motivos. Mas há outros.
Esses jovens não estão sozinhos. Eles fazem parte de grupos extremistas online, onde propagam, sem quaisquer preocupações ou restrições das plataformas, ideais nazistas, racistas e misóginos. A vulnerabilidade mental desses jovens, aliada ao aumento do acesso a armas de fogo e ao crescente relato de situações de apoio a pensamentos extremistas contra mulheres, crianças, negros, gays e todas as minorias existe – e pode estar mais perto do que a gente imagina.
É hora de ter tolerância zero para quem apoia fascismo. É tempo de obrigar redes sociais a banir perfis extremistas e divulgar dados às autoridades. E, já que estamos falando de escolas, quem sabe ampliar o debate dentro de sala de aula sobre o que realmente foi o fascismo? É preciso resgatar esses jovens que passam o dia na Internet idolatrando assassinos – antes que volte a acontecer algum ataque.