Aos 44 anos, Caio Cunha hoje comanda uma Mogi muito diferente daquela que o viu nascer. Mogiano, ele passou sua infância entre a região dos Remédios e o Mogilar, onde morava sua avó materna. Desses tempos, ele recorda das brincadeiras de rua típicas da infância, em uma rua Casarejos que permitia jogos e peladas, diferentemente do que acontece hoje.
Em outra entrevista a este jornal, por ocasião da sua primeira eleição para vereador, ele confidenciou que aos sete anos, fazia geladinho e vendia para os amigos.
Sua vida acadêmica também foi pela terra do caqui. Primeiro no Colégio Adventista e depois no Policursos, onde frequentou graças a uma bolsa de basquete. É de lá que guarda grandes amizades, como Mateus Sartori, cantor e hoje secretário de Cultura em Guararema, e Márcio Maldonado, seu assessor de gabinete. Depois, mais velho, cursou técnico em Processamentos de Dados, iniciou o curso de Arquitetura, mas se formou em Tecnologias da Informação pela UBC.
Seus tempos de lazer não eram muito diferentes de um adolescente mogiano nos anos 90. “Sempre andei com pessoas mais velhas”, conta. Entre as noites no Kanecão e os bailinhos na garagem do amigo Biro Marrano, Caio era apenas um jovem igual a tantos outros.
Trajetória profissional
Por oito anos, o prefeito foi webmaster no Diário de Mogi. “Trabalhava de madrugada, eu esperava fecharem a edição para atualizar o site”, relembra. Depois, assim como tantos mogianos fazem hoje em dia, começou a encarar diariamente a jornada de ir para São Paulo trabalhar. Ele conhece bem, portanto, o sentimento de ver a cidade da Mogi-Dutra e saber que está em casa.
Hoje, Caio está no mais alto posto do município e, do terceiro andar do prédio-sede da prefeitura, ele enxerga muito além da serra. Lá de cima, ele tem a visão de uma Mogi totalmente diferente de 30 anos atrás, mas que, mesmo com o passar dos anos, consegue transmitir para cada mogiano uma sensação de pertencimento. Esse, inclusive, é o tema da campanha de aniversário da Prefeitura nas redes sociais: ser ‘Mogizeiro’. “Ser mogizeiro é todo mundo se conhecer, não lembrar o nome das ruas e falar as características, como praça da Marisa ou avenida dos Bancos. É comer o hot-dog do Carioca. Ser mogizeiro é viver a cidade”.