Diagnóstico tardio, dúvidas, questionamentos, incertezas. Sensações como essas são, muitas vezes, trazidas aos consultórios por adolescentes que começam a se perguntar: será que eu sou autista? No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas carregam o Transtorno de Espectro Autista (TEA), segundo o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC).
O acesso à informação, compreensão e diálogo sobre o assunto tem trazido à tona aquela parcela da população que não foi diagnosticada precocemente. E é aí que entram os adolescentes.
A psicóloga Bruna Rodrigues explica que para se chegar a um diagnóstico final em adolescentes entre os 12 e 18 anos é necessário acompanhamento de especialistas como psiquiatras, neuropsiquiatras e neuropsicopedagogos, juntamente do psicólogo do adolescente. Quando há um atendimento multidisciplinar, os médicos conseguem chegar a um diagnóstico final dentro de 3 a 6 meses.
Sintomas
É possível ficar atento para certos sinais que as pessoas com espectro autista na adolescência apresentam, como interesses restritos, dificuldade de comunicação ou de entender linguagem não verbal, uso de linguagem formal, problemas de entendimento, isolamento e comportamentos estereotipados, dentre outros.
A psicóloga destaca também como geralmente esses adolescentes notam eles próprios alguns dos sintomas.
Ela ainda ressalta que “por outro lado, outros nos procuram, pois, apresentam os sintomas, mas não entendem o porquê se comportam de determinadas formas. Claro, que embora tenhamos que investigar todos os sintomas, nem sempre o diagnóstico é de autismo”.