O ataque em uma escola na Zona Oeste de São Paulo, onde um adolescente matou uma professora e feriu outras cinco pessoas foi uma tragédia. E esse atentado só mostra que falhamos como sociedade.
Falhamos quando não percebemos que a educação e a segurança pública andam de mãos dadas. Falhamos em perceber que não existe um acompanhamento efetivo para a identificação precoce de possíveis agravos à saúde mental.
Falhamos porque faltou apoio. Para o adolescente, agora assassino, que tantos sinais deu do que estava disposto a fazer. Faltou apoio para a família, que sabia que o filho conversava sobre massacres nas redes sociais. Faltou acompanhamento psicológico e social para essa família, que, provavelmente, não deu tanta importância a esses sinais. E agora, vidas foram destruídas para sempre.
Mas, sobretudo, falhamos porque, novamente, não prevenimos. A educação estadual é sucateada e insegura e os números provam isso: quase metade dos alunos da rede pública de São Paulo já sofreu algum tipo de violência na escola.
O Estado precisa urgentemente criar políticas que permitam que o aluno seja observado sob uma perspectiva individual. Só que não dá para fazer isso em salas de aula com 40 alunos. E também não dá para esperar acontecer mais alguma outra desgraça.
Charge, por Gabi Costa
