A Semana



Empreendedoras do Mogi Shopping contam suas histórias de sucesso

As mulheres empreendedoras estão cada vez mais ocupando espaços na sociedade brasileira. É o que revela estudo do Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (Sebrae): de 28,6 milhões de empreendedores, os chamados “donos de seus próprios negócios”, em 2021, no Brasil, 9,7 milhões eram mulheres, o equivalente a 33,8%.

O estudo do Sebrae, divulgado em 2021, sob o título de “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, identificou que, do total de mulheres à frente dos negócios, elas atuam mais em prestação de serviços (50%) e no comércio (27%). Tendem a empreender para obter renda extra e conquistar a liberdade financeira, assim como ter mais tempo para cuidar da família.

As mulheres também estão crescendo entre as lideranças empresariais. Segundo pesquisa do Serasa Experian com mais de 20 milhões de empresas ativas no país, 4 em cada 10 têm mulheres como donas ou sócias majoritárias, e elas começam a empreender mais cedo que os homens.

Nádia Iuri Condo, 50 anos, é um exemplo de empreendedora que começou cedo e se tornou empresária de sucesso e inspiração para novas gerações de lojistas. Ela está à frente de três empreendimentos no Mogi Shopping, entre outros na cidade.

Nádia vem de uma família ligada ao comércio. Começou seguindo os passos da família; a mãe, Tereza Nobuko Condo, era comerciante; o pai, Sadakatu Condo, atuava em indústria e posteriormente no ramo de seguros.

A primeira loja foi aberta em 1988, e recebeu o nome dela: Nadia. A jovem mogiana tinha 16 anos quando passou a se dedicar aos negócios, embora, tempos depois, tenha cursado faculdade de Administração. “Sempre acompanhei minha mãe, uma mulher muito batalhadora, de muita garra, que no começo vendia até panela, bola de plástico, até montar a primeira loja, de calçados, numa época em que a maioria do setor calçadista era de homens”, conta.

Em 1995, a empresária abriu a primeira loja no Mogi Shopping, a Nadia Store, de moda; depois veio a Victor Hugo, de bolsas e acessórios; por último, a Intimissimi, de lingerie. “Acredito muito em loja física, que proporciona o conforto e a experiência única aos clientes. Não abro mão de produtos de qualidade e de excelência no atendimento. É fundamental manter uma boa equipe para receber os clientes”, disse a empresária.

Nádia encoraja as mulheres e realizarem o sonho de empreender e dá a receita: “É preciso estudar o negócio, qual tipo de comércio abrir, o público, quanto investir e ter também uma boa assessoria nesse processo. O começo exige muito empenho e dedicação. O resultado não vem rápido, mas vem quando se tem foco e amor ao que se faz. Tem espaço para todo mundo”.

Ana Lúcia de Almeida, 54 anos, construiu carreira solo nos negócios por um caminho diferente. Atuou, inicialmente, na área de Direito, na qual se formou. Somente mais de duas décadas depois se lançou no empreendedorismo ao abrir uma loja de chocolates da Kopenhagen no Mogi Shopping.

“Sentia que, depois de tantos anos no Direito, precisava de algo novo. Faltava uma Kopenhagen no shopping e então abri a loja, foi tudo muito rápido. Era para ser uma segunda fonte de renda, mas se tornou minha atividade principal”, conta a empresária, que depois abriu a loja da Brasil Cacau no centro de compras e lazer mogiano.

Como mulher e empreendedora, Ana buscou cursos de especialização para se capacitar na nova área. “A resistência maior que enfrentei foi no início na carreira no Direito. Quando mudei de segmento, já estava mais experiente e fortalecida. Mas não é fácil empreender no Brasil. Enfrentamos desafios como a política tributária, entre outros. Porém, me sinto realizada pessoalmente, mas também por contribuir socialmente, com os empregos que as lojas geram”, comentou. Empregos, inclusive, tendo as mulheres como maioria.

Para quem está pensando em começar um negócio, Ana incentiva, mas alerta: “É preciso ter muita persistência, não desistir no primeiro obstáculo”. A empresária, que chegou a pensar que “quebraria” na pandemia, persistiu, resistiu e hoje traça planos como a repaginação da Kopenhagen do Mogi Shopping, que deve ocorrer ainda neste ano.

Redação

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