A Polícia Civil de Suzano investiga a invasão de uma propriedade privada de aproximadamente 40 hectares na zona rural do município. A denúncia é que pessoas estariam praticando crimes ambientais como destruição de áreas de preservação permanente (APP), extração ilegal de madeira e a venda irregular de lotes a terceiros. De acordo com a notícia crime, elaborada pelo advogado Bruno Coculo Gonçalves, e enviada à Polícia em julho, a área pertence à Agropecuária Monarca LTDA., com sede em Sorriso, na região norte de Mato Grosso.
Conforme Boletim de Ocorrência, os invasores possuem um documento falsificado com a assinatura de um representante da empresa Ecostorage, antiga proprietária do imóvel. O advogado afirma que o sócio administrador da Monarca, Daniel Gonçalves de Pauli, foi informado por vizinhos da área sobre a invasão do local, o fracionamento por loteamento clandestino e a retirada de forma irregular de madeiras do local. Supostos corretores e topógrafos também estariam envolvidos no esquema. “Recebemos ainda a informação de que a invasão continua ocorrendo e que os invasores adentraram na área em grupo, de forma clandestina, e circulam pelos arredores dos imóveis armados, impedindo que qualquer pessoa adentre o local invadido”, pontua.
O advogado informa ainda que um representante da empresa se deslocou até o local e foi impedido de entrar, sendo inclusive ameaçado de morte pelos invasores.
Fiscalização
No dia 8 de junho deste ano, a Prefeitura de Suzano participou de uma operação do Grupo de Fiscalização Integrada (GFI), iniciativa voltada ao combate do parcelamento irregular de solo em áreas de proteção e recuperação de mananciais, e entre os pontos vistoriados estava o local mencionado.
Na ocasião, foram identificados início de parcelamento irregular de solo, corte de árvores e abertura de ruas. Além de um boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil pela empresa lesada, a Polícia Militar Ambiental aplicou autos de infração contra o responsável e a administração municipal, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação, emitiu uma notificação determinando a interrupção das ações que eram realizadas no local.