Após chegar a Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre, o sinal da tecnologia 5G será ativado na cidade de São Paulo na próxima quinta-feira (4). A decisão foi anunciada hoje (2), após reunião extraordinária do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), ligado a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e responsável pela liberação do sinal.
Segundo a Anatel, a ativação do sinal ocorreu devido ao número expressivo para instalação de antenas do 5G, que superou o previsto no edital que autorizou o uso da nova tecnologia. Segundo as regras do edital, nessa primeira fase seriam necessárias, no mínimo, 462 estações ativadas até o dia 29 de setembro. Até esta terça-feira a agência reguladora já havia recebido 1.378 pedidos de licenciamento na faixa de 3,5 GHz. O número corresponde a quase o triplo de antenas que deveriam ser instaladas na cidade até o final do ano.
A instalação das antenas vai permitir antecipar a chamada limpeza do espectro na faixa de 3,5 Giga-hertz (GHz), para o funcionamento do 5G puro, o standalone. A avaliação do Gaispi é que “como os pedidos superaram a quantidade prevista no edital, não vai haver problemas de interferência no sinal de antena parabólica, também na faixa de 3,5GHz”.
A estimativa do grupo é que a cobertura do sinal 5G deve atingir, nesse primeiro momento, 25% da área urbana de São Paulo.
“A maior concentração de antenas no está no Centro Histórico, na região da Avenida Paulista e no Itaim Bibi. Já os bairros da Aclimação, da Mooca e do Brás, por exemplo, terão cobertura menor no início do processo”, informou a Anatel.
A agência informou ainda que foram instalados equipamentos para evitar interferências em 226 estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS) e realizados testes para confirmar a operação livre de interferências.
Inicialmente, o edital do leilão 5G previa que a infraestrutura necessária à ativação do sinal deveria ocorrer até 31 de julho, em todas as capitais, mas o próprio Gaispi pediu à Anatel que o prazo fosse prorrogado por 60 dias a fim de contornar problemas logísticos que atrasaram a entrega de equipamentos importados da China.