A Vila Helio, novo ponto turístico e de serviços no centro de Mogi das Cruzes, ganhará oito estabelecimentos comerciais neste segundo semestre. Entre eles estão um bar, um café, uma lanchonete, uma escola e até uma importadora e uma clínica de audição.
Além disso, o Grupo Marbor, que administra os imóveis da Vila Helio, está construindo mais um prédio comercial no local, o Edifício Valentina, que terá salas para locação a empresas e profissionais liberais.
“Essa ampliação atende ao interesse crescente de empreendedores pela Vila Helio. O grande movimento do público nos horários comerciais e também aos finais de semana tem atraído novos negócios”, relata Gustavo Oliveira, gestor de Negócios Imobiliários do Grupo Marbor.
Tatiana Borenstein, diretora do Grupo Marbor, ressalta que todas essas obras de expansão estão sendo executadas sem prejudicar o funcionamento dos estabelecimentos já instalados na Vila Helio. “É um desafio logístico e de gestão”, completa.
“O projeto arquitetônico e paisagístico das novas lojas vai seguir o mesmo estilo toscano que tornou a Vila Helio o espaço mais charmoso do centro de Mogi”, anuncia a diretora.
Todos os novos estabelecimentos e salas comerciais serão entregues a partir de agosto e estarão abertos ao público até o final deste ano. Os nomes e marcas que chegarão à Vila ainda não podem ser revelados, mas todos já estão com seus contratos fechados.
Segundo Gustavo Oliveira, com a entrega dos novos espaços, a Vila Helio contará com mais três pontos comerciais vagos no térreo. “Ainda restam algumas unidades para os empreendedores que também quiserem fazer parte deste novo centro de negócios e lazer”, avisa.
Hoje, a Vila Helio conta com dezenas de empresas, restaurantes e profissionais autônomos, que se beneficiam do alto movimento local. Os edifícios Loloya e Maria Antonieta, que abrigam a maioria dos conjuntos comerciais, são frequentados por mais de 1.400 pessoas por mês.
Já os restaurantes da Vila Helio contam com um público ainda maior, de aproximadamente 5 mil visitantes mensais. E o Hotel Marbor, que também fica no local, recebe uma média de 2.300 hóspedes mensalmente.
De residências ao turismo
A Vila Helio foi construída em 1951 por Helio Borenstein, imigrante ucraniano que chegou a Mogi há um século, fugindo da perseguição aos judeus em seu país e com muito pouco dinheiro no bolso. Depois de alguns anos trabalhando no comércio local, ele abriu sua própria loja e, conforme prosperava, passou a comprar e construir imóveis.
Inicialmente, a Vila Helio era um conjunto de casas residenciais, onde viveram famílias com boa situação financeira. Anos depois, com o centro de Mogi se tornando mais comercial, os imóveis passaram a ser lojas também.
Em 1988, Marcos Borenstein, um dos filhos de Helio, fundou a Marbor Administração e Negócios, focada na locação de imóveis. Nos anos 90, construiu junto à Vila Helio dois edifícios comerciais, Maria Antonieta e Loloya, que tiveram grande sucesso de ocupação. E em 1997, foi inaugurado o Hotel Marbor, com 105 apartamentos.
Na década seguinte, os três filhos de Marcos Borenstein (Tatiana, Helio II e Larissa) começaram a trabalhar na Marbor. A partir de 2013, iniciaram um processo de reposicionamento dos negócios imobiliários, com a revitalização da Vila Helio e um retrofit do Hotel.
As antigas casas da Vila Helio e toda a área do entorno ganharam um novo conceito de paisagismo, em estilo toscano. A Vila também passou a contar com um espaço de eventos corporativos e festas, a Alegratto.
Os visitantes da Vila podem conhecer ainda o Memorial Helio Borenstein, uma galeria que conta, em imagens e textos, a história do imigrante que chegou a Mogi sem recursos e se tornou um dos principais empresários da cidade. O Memorial, que é aberto ao público, retrata ainda a trajetória do Grupo Marbor, que hoje administra a Vila Helio e outros negócios.