Os registros mais antigos da barbearia vêm do Egito. Na Grécia antiga, os gregos tinham gosto pela estética. Cabelo e barba eram muito valorizados. Em Roma tinham muito respeito a beleza e barbeiros eram muito respeitados.
Na idade média, em 1096, surgiu a primeira organização de barbeiros na França, quando o arcebispo da época proibiu o uso da barba.
A barbearia no Brasil é antiga e já data de 1500 quando o Brasil colônia já tentava ensinar o ofício de barbeiro aos índios e depois aos escravos.
Eu, por exemplo, tenho a mania de cortar cabelo ou fazer a barba em apenas um lugar. Nada de experimentações ou procurar um lugar mais barato. A mim, interessa a personalidade da barbearia, sua tradição e consequentemente o trabalho bem feito de seu barbeiro. Há pelo menos trinta e dois anos eu corto cabelo e faço a barba no Salão Bandeirante do meu amigo Benedito Bueno de Almeida, o conhecido Futuca.
A barbearia abriu sua portas em 1952,ano que em 1º de janeiro uma forte chuva faz ruir a parte lateral esquerda da igreja Matriz, mais tarde com desabamento total dessa parede começaram as discussões para ser erguida uma nova igreja.
O dono do salão era Joaquim Mello, homem divertido e elegante, que gostava de dançar, era também fã de tango e trabalhava sempre de camisa, calça social, sapatos e gravata.
Benedito Bueno de Almeida começou a trabalhar no salão em 1960 e logo ganhou o apelido de Futuca do Seu Joaquim, segundo Futuca, na época no Teatro Municipal exibia-se a peça “Quem Cutuca não Futuca”, o Joaquim ficou com aquela palavra Futuca na cabeça e apelidou o Benê, o apelido pegou e todos hoje o conhecem por Futuca.
Salão de barbeiro sempre foi ponto de encontro para fofocas e discussões sobre tudo, de política, futebol ou quem se separou de quem… O ex-prefeito de Mogi, Henrique Peres era cliente, o Waldemar Costa Filho também ex-prefeito por quatro mandatos, não era cliente, mas aparecia para um bate papo. Seu Miled Cury, expedicionário, que faleceu recentemente também era cliente, além Carlos Augusto Alves, o Carlito que por 53 anos foi presidente do Clube Náutico Mogiano e falecido em 2013.
Em 1979 faleceu Joaquim Mello com apenas 61 anos. Futuca e Nardírio (o Franja) compraram o ponto da viúva, Dona Thereza. O Franja saiu há alguns anos da sociedade e abriu um outro salão.
Fontes:
- História de Mogi das Cruzes – Isaac Grinberg – 1961
- Entrevista com Benedito Bueno de Almeida, o Futuca