Desde jovem, aos 12 anos, ele começou a trabalhar no pequeno açougue de seus pais, Luiz Eduardo e Odete da Conceição Santos e, quando adolescente, trabalhou como alfaiate junto com seu tio.
Com apenas 17 anos, Francisco Gil Eugênio, deixou o povoado de Alverca da Beira em Portugal para se aventurar no Brasil onde possuía alguns parentes.
Chegando em Mogi tornou sócio do tio, dono de um bar na esquina da Rua Ipiranga com Deodato Wertheimer. Ficou dois anos até que sua namorada portuguesa chegasse ao Brasil. Quando ela chegou eles se casaram e ele sentiu a necessidade abrir o próprio negócio. Assim com um empréstimo de Cr$ 1.200,00 montaram um bar em frente a estação ferroviária de Jundiabepa onde ficaram por 4 anos.
Em 1966 resolveram vender o bar e compraram a Pizzaria Morumbi que já existia há pelo menos cinco anos.
Francisco Gil Eugênio ou o “Chico do Morumbi” como o conhecemos tornou-se um grande empresário da gastronomia. Em 1981 entrou no negócio da construção civil criando a Castanheira Comercial Construtora Ltda. onde foram construídas 25 unidades habitacionais no bairro de Caputera e um pequeno prédio de apartamentos na rua José Bonifácio. Mas com a recessão da época as vendas se estagnaram e impediu novos investimentos.
O Morumbi hoje carrega uma tradição de 55 anos na cidade. sendo frequentado por gerações, pessoas de diferentes idades, sexos, etnias, profissões, etc…, um local muito conhecido em Mogi das Cruzes por seu bolinho de bacalhau e pizza em pedaço no balcão.
O Chico atendia muito bem qualquer um que fosse funcionário ou cliente, amigo ou conhecido, rico ou pobre, o Chico do Morumbi sempre parava para trocar histórias longas e descontraídas por bons tempos.
Eu mesmo por várias vezes, cada um de um lado do balcão, sempre trocávamos boas conversas.
O Morumbi de hoje é bem diferente do que era nos anos 70/80, isso porque o Chico investia numa renovação do ambiente a cada 4 anos tornando o restaurante e a pizzaria um lugar sempre agradável para seus clientes.
Chico se manteve a frente do Morumbi durante cinco décadas até falecer aos 77 anos em 2019 .
Além da esposa Rosa Gonçalves Teixeira Eugenio, deixou três filhos (Joaquim, Fátima e Rosa), sete netos (Emanuelle, Matheus, Francisco Neto, Gabriel, Victoria, Luiz Eduardo e Felipe) e dois bisnetos (Joaquim e Olívia).
Seu genro, conhecido como Sandro Morumbi, grande amigo e palmeirense como eu, comanda o negócio ao lado da esposa e cunhados.
Fonte
- Revista Ato nº 22, novembro de 1984
- Câmara Municipal de Mogi das Cruzes
-Internet