A ideia da construção do teatro nasceu do movimento de um grupo de mogianos inspirados pela onda de otimismo e progresso que se assistia na cidade durante a chegada do séc. XX.
Assim, em fevereiro de 1901, é lançada a pedra fundamental para a construção do Teatro Vasques. A planta e a direção dos trabalhos foram entregues ao conhecido ator Roque de Castilho, ex-aluno da Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
O nome Vasques foi uma homenagem ao ator cômico Francisco Correa Vasques, ilustre representante da classe artística, que além de ser um gênio em espiritualidade e bondade era reconhecido por todas as classe sociais, inclusive pelo imperador D. Pedro II.
De forma retangular, o Theatro Vasques foi edificado para acomodar uma platéia de 417 espectadores, distribuídos em 2 pavimentos. No térreo ficava a plateia com 305 lugares e no pavimento superior estavam os 7 camarotes com 4 cadeiras cada, e a galeria nobre nas laterais, com 42 lugares cada. Tinha um palco italiano com 7m de profundidade por 10 de largura.
Localizado no Centro Histórico junto ao Largo do Carmo, o Theatro Vasques foi inaugurado em 6 de dezembro de 1902 com um trecho de o “Trovador” de Fausto com a Banda Guarani e a apresentação das peças “Amor em Libré” (1 ato) e “Tire dali a menina” (2 atos).
Em 1922 o barítono mogiano Sylvio Ferreira trouxe para Mogi a Companhia Nacional de Ópera Lyrica que encenou a ópera “Tosca” de Giacomo Puccini.
Em 1927 e 1928 o teatro recebeu apresentações artísticas como Celeste Reis e Vicente Celestino. A partir daí a decadência do teatro se acentua até 1935, quando o teatro dá lugar ao Paço Municipal, onde viria funcionar a Câmara Municipal até 1937, quando esta foi fechada em virtude do governo do Estado Novo de Getúlio Vargas, sendo reaberto em 1948 ainda como Câmara Municipal.
Em 1980 o teatro foi reformado e reinaugurado como Teatro Municipal “Paschoal Carlos Magno” em homenagem ao grande ator do século XX falecido naquele ano.
Após nova reforma em 2002, voltou a chamar-se Theatro Vasques. Em 2009, passou por mais uma restauração e foi entregue à população e à classe artística em setembro daquele ano.
Fontes:
- História de Mogi das Cruzes – Isaac Grinberg – 1961
- Prefeitura de Mogi das Cruzes
- http://passeandopelahistoria1.blogspot.com/2010/05/theatro-vasques-uma-viagem-historica.html