O Casarão do Carmo é uma construção do século XIX, em estilo colonial, de taipa de pilão e taipa de mão, que foi construída para servir de residência para a família Bourroul de São Paulo, como casa de veraneio. A partir dos anos 30 passou a abrigar diversas atividades culturais (museu, biblioteca) e comerciais (restaurante, pizzaria, churrascaria e velório), até ser desapropriado e restaurado pela Prefeitura Municipal na década de 80.
Agora como museu ele possui amplos salões que abriga diversos itens, como móveis, pinturas, instrumentos musicais, fotos, livros, câmeras fotográficas, máquinas datilográficas, bandeiras e outros, além de receber eventos culturais como o Entremeio Literários às terças e a Roda de Choro do Seu Julinho às quintas-feiras.
Celestino Bourroul, que construiu o casarão, era médico. Dividia-se entre a Santa Casa e a Faculdade de Medicina em São Paulo. A enfermaria da Santa Casa, na época, era o centro no qual os alunos das três escolas médicas paulistanas, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a Escola Paulista de Medicina e a Faculdade de Ciências Médica da Santa Casa, praticavam.
O Dr. Bourroul lecionou durante por 37 anos com ética e amor ao doente, jamais permitindo que a fama afetasse sua personalidade. Exerceu também a cátedra de História Natural Médica, Parasitologia, Clínica de Doenças Tropicais e Infecciosas, chefiou a Clínica Médica da Santa Casa de Misericórdia e a direção do Departamento de Higiene da Faculdade de Medicina.
Por volta de 1950 afastou-se do trabalho com diagnóstico de perturbações cardiovasculares. Aposentou-se aos 72 anos, mas continuou a trabalhar a tarde. Faleceu em 9 de novembro de 1958.
Fontes:
- História de Mogi das Cruzes – Isaac Grinberg – 1961
- Site:
http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/unidade-e-equipamento/cultura-e-turismo/casarao-do-carmo