No Brasil, 9,1% da população é fumante. Os dados são da pesquisa Vigitel, promovida pelo Ministério da Saúde. O hábito pode gerar diversos impactos para a saúde, incluindo uma série de problemas bucais. No Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado nesta terça-feira (31), a Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas Regional Mogi das Cruzes (APCD-RMC) alerta para os riscos do fumo para a boca.
“O primeiro contato da fumaça e das substâncias químicas existentes no cigarro é com a boca, o que gera a inibição da produção de saliva e assim, o ressecamento que a deixa mais suscetível à ação de bactérias e fungos. Os componentes ficam impregnados no esmalte dos dentes e colaboram para deixar a coloração amarelada. Além disso, o hábito de fumar pode causar diversos problemas bucais como o tártaro, a gengivite, doença periodontal e mau hálito”, detalhou o vice-presidente da APCD – RMC, Alexandre Balbi.
Entre as doenças associadas ao consumo do tabaco está o câncer bucal. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que para cada ano do triênio 2020/2022, o Brasil registre 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe, nos quais, 11.180 em homens e 4.010 em mulheres.
Mesmo que a cavidade bucal tenha fácil acesso e visualização, o principal desafio para tratar do câncer de boca é o diagnóstico precoce. “No começo as lesões são assintomáticas, o que o paciente pode confundir com aftas. No entanto, com a evolução da doença, as pessoas podem notar outros sinais como dor, sangramento, feridas que não cicatrizam e nódulos. Por isso, as visitas aos dentistas devem ser realizadas rotineiramente. Dados apontam que quando descoberto precocemente, esse tipo de câncer tem chance de cura acima de 95%”, informou Balbi.
Os cirurgiões-dentistas têm papel fundamental na hora de identificar e tratar as doenças geradas pelo hábito de fumar, seja cigarros, cachimbos, charutos e outros produtos à base de tabaco. “É importante que ao notar qualquer alteração na boca, com manchas brancas ou avermelhadas, sensibilidade ou dormência, o paciente procure seu dentista. Ele poderá diagnosticar e realizar os tratamentos necessários, e quando necessário, encaminhar para atendimento médico”, orientou o vice-presidente.
Com o objetivo de democratizar o acesso aos tratamentos bucais, a APCD-RMC conta com clínicas de atendimento que oferecem diversos procedimentos. A maior parte dos custos é subsidiada pela própria entidade, o que facilita o acesso para quem mais precisa. Para participar do processo de triagem e obter outras informações entre em contato pelos telefones 4790-3969 e 4699-1805. A APCD-RMC fica na Rua Delphino Alves Gregório, 50, no Bairro do Mogilar, em Mogi das Cruzes.