A Semana



Shows, teatro e contação de histórias são alguns dos destaques do Sesc Mogi nesta semana

A apresentação da cantora de Reggae, Laylah Arruda, na quinta-feira (19/05), às 20h, deve movimentar o Sesc. A artista já dividiu o palco e gravou canções com diversos nomes da música brasileira e internacional. Este show integra a programação do projeto Do 13 ao 20 (Re)Existência do Povo Negro, ação do Sesc São Paulo que faz alusão aos marcos de 13 de maio, data da abolição da escravatura no Brasil, e ao 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares e, desde 2011, instituído como Dia Nacional da Consciência Negra. A entrada é livre e gratuita.

Tem ainda uma peça de teatro que conta a trajetória de Cascatinha e Inhana, primeira dupla sertaneja formada por marido e mulher.

Confira abaixo os detalhes destas e de outras programações previstas para esta semana:


MÚSICA/ SHOWS

Laylah Arruda

As experiências de Laylah Arruda nasceram de caminhos multifacetados, heterogêneos, e sempre com a raiz fincada na terra firme e fértil da música afro- diaspórica. Fundou e fez parte do Quilombo Hi-Fi, um dos mais antigos sistemas de som nos moldes jamaicanos atuantes em São Paulo. É a primeira cantora de Reggae do Brasil a ter uma música em vinil 7 polegadas – “Olhem para África”, lançada em 2010 pelo selo High Fya Records.

Seu álbum solo de estreia, “AmáLgaMA”, de 2016, foi produzido na Itália por I Neurologici. Lançou em 2019 o vinil 7 polegadas “Sound de Vila”, com instrumental gravado por músicos da Itália e do Brasil. No mesmo ano gravou o single “Pó de Guaraná”, lançado em vinil pelo selo Sonido Trópico. É uma das fundadoras da Feminine Hi-Fi, projeto que propõe a valorização do papel da mulher no contexto dos sistemas de som característicos da cultura jamaicana. Pelo selo do projeto, Feminine Hi-Fi Records, lançou duas faixas: “Loba Leoa”, que foi trilha sonora de um dos episódios do programa Saia Justa do canal GNT, e “Femina Ganja”, um cypher no estilo reggae com participação da célebre cantora jamaicana Sister Carol.

Sua jornada sonora explora além do vasto universo da música reggae. Já dividiu o palco e gravou canções com diversos nomes da música brasileira e internacional, como Sono TWS, Gerson King Combo, Tássia Reis, Jairo Pereira, Samuca e a Selva, Liniker, B Negão, Msário, Furmiga Dub, Black Mantra, Xênia França, Dow Raiz, Ministereo Público, Sister Nancy, Earl Sixteen, Eek a Mouse, Jah9, Big Youth, Soom T e OBF, Nazamba, Linval Thompson, entre outros. A cantora já passou por dezenas de palcos e festivais pelo Brasil e realizou duas turnês europeias – uma solo e uma com Feminine Hi-Fi, em 2017 e 2018 respectivamente – levando sua música à Roma, Paris, Genebra, Berlim, Londres, Dublin etc.

Quando: Dia 19/5, quinta, às 20h | Duração: 80 minutos | Classificação: Livre | Entrada: Grátis – Sem retirada de ingressos.

TEATRO/ ESPETÁCULO

Sabiás do Sertão

O espetáculo trata dos expoentes da música caipira, Cascatinha & Inhana, primeira dupla sertaneja formada por marido e mulher que, em sua trajetória, reverencia com primazia a cultura de raiz, o ser, estar e viver artista, o prazer da canção e do encantamento.

O circo e o rádio, presentes na trajetória da dupla, são trazidos à cena por uma companhia ambulante de teatro, com artistas que contam, vivem, tocam, dançam e cantam um pouco da vida e muito do rico repertório de toadas, guarânias, rasqueados, boleros, rancheiras e canções imortalizadas nas vozes destes “sabiás do sertão”.

Com a Cia. Cênica, grupo fundado em 2007, e que conta com onze espetáculos em circulação, concebidos para palco, rua, espaços alternativos e ambiente virtual. Ao longo de sua trajetória, suas pesquisas foram pautadas no teatro popular, na dramaturgia autoral, na música ao vivo enquanto elemento dramatúrgico e na ocupação de ruas e espaços não convencionais. Para além de suas produções artísticas, a companhia mantém, em sua sede, o projeto Território Cênico, voltado à pesquisa, formação e difusão artístico-cultural, e realiza a Mostra Cênica Resistências.

Eleito o Melhor Espetáculo Nacional pelo público no Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte/MG (2014) e no Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa/PR (2014).

Quando: Dia 20/5, sexta, às 20h | Duração: 70 minutos | Classificação: Livre | Entrada: Grátis. Lugares limitados. Retire seu ingresso na Loja Sesc a partir das 19h.

LITERATURA/ CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Heroínas Negras

A cabaça Agbalá vai esparramar histórias de diferentes mulheres negras africanas e brasileiras que tiveram grande contribuição para a história, cientistas, guerreiras, inventoras e artistas. A narrativa nos conduzirá por uma viagem de grandes feitos, conquistas e sabedorias. Com música, caracterização, e dança, Heroínas Negras é uma apresentação dinâmica e cheia de nuances de encantamento.

Com Agbalá Conta, núcleo de pesquisa e criação de narrativas pretas, fundado em 2010 por Giselda Perê com o objetivo de dar visibilidade às histórias das ancestralidades pretas. Agbalá Conta é uma cabaça mágica que guarda todas as histórias das nossas ancestralidades pretas, quando encantada ela se abre e revela histórias que valorizam nossas identidades e nossas histórias de origem.

O espetáculo integra a programação do projeto Do 13 ao 20 (Re)Existência do Povo Negro, ação do Sesc São Paulo que faz alusão aos marcos de 13 de maio, data da abolição da escravatura no Brasil, e ao 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares e, desde 2011, instituído como Dia Nacional da Consciência Negra. O objetivo do projeto é o fortalecimento e o reconhecimento das lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro, bem como o fomento à equidade, convivência e reconstrução simbólica no campo individual e coletivo, contribuindo para uma sociedade livre do racismo e de outras formas de dominação.

Quando: Dia 21/5, sábado, às 16h | Duração: 50 minutos | Classificação: Livre.

| Entrada: Grátis – Sem retirada de ingressos.

MÚSICA/ SHOWS

Motormama: Te Vejo na Cosmopista – Motormama 20 anos

Show em comemoração aos 20 anos de estrada da banda paulista Motormama. No set list, músicas que fazem parte da coletânea “Anhanguera Folk Club”, lançada em 2019. Em ordem cronológica, a apresentação faz um balanço de duas décadas com canções representativas dos álbuns “Carne de Pescoço” (2003), “A Legítima Cia. Fantasma” (2006), “Aloha Esquimó” (2010), “Flores Sujas do Quintal” (2013) e “Fogos de Artifício” (2017).

Quando: Dia 22/5, domingo, às 16h | Duração: 80 minutos | Classificação: Livre | Entrada: Grátis – Sem retirada de ingressos.

Redação

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