Johnny da Inclusão | Professor
Comunicativo e certo das causas sociais que luta, Johnny Fernandes da Silveira, 36, foi eleito no último pleito, para vereador em Mogi, pelo partido Avante, porém não se considera oposição ao governo atual. “Estou do lado das demandas da sociedade mogiana”, afirma. Mogiano, cresceu em Taiaçupeba, o “Distrito Natureza”. Passou a infância no sítio “Recanto Nosso Sonho”, onde o pai era agricultor e a mãe, doméstica. “O sítio ficava à beira da represa, então, aos sete anos, eu pegava ‘minhocas puladeiras’ vivas e as vendia para os pescadores”, recorda. Sua vocação para o esporte, que começou ainda criança, foi desdobrada ao se graduar em Educação Física, na Faculdade Náutico Mogiano. Também fez pós-graduação em Administração e Marketing Esportivo e mestrado em Políticas Públicas, na UMC. Seu ingresso para a política, foi motivado pela atuação junto a pessoas com deficiência. “Fui estimulado por elas mesmas a entrar no meio político”, revela.
Empreendedor desde menino, com a venda de minhocas puladeiras, vendia bijuterias e trufas, produzidas pela família. O primeiro estágio foi aos 14 anos, como atendente em uma loja de produtos médicos. Depois, qualificado pela Amoa, foi açougueiro de supermercado. Sempre aliando o trabalho à escola, foi atleta-guia voluntário de pessoas cegas, atuou no grupo Pão de Açúcar, participou do projeto Esporte Mogi e do Núcleo Aprendiz do Futuro. Para pagar a faculdade, tocava cavaquinho em churrascos e dançava com as senhoras nos bailes da terceira idade. Também foi professor na escola de futebol do Cruzeiro, em Mogi, e lecionou na Faculdade Náutico Mogiano e na UMC. Em 2008, iniciou parceria com o saudoso medalhista olímpico Dirceu da Bocha em um projeto de bocha adaptada, que continua até hoje com cerca de 400 alunos. Além disso e da vereança, é sócio da irmã em clínicas odontológicas. Johnny mora em César de Souza, é casado com Denise e pai de Stela, 25, e Beatriz, 20. Em família, gosta de fazer macarrão artesanal, passear, andar a cavalo no sítio e viajar. Aprecia cozinhar e conta que promove uma feijoada anual em seu aniversário, gratuita, para 900 pessoas. Considera-se um bom ouvinte e procura aprender com as histórias que ouve dos alunos e dos amigos. Palmeirense e esportista, joga golfe, futebol, faz corrida e pedal. Seu estilo é clássico, mas não dispensa um tênis. Sua cor é o azul e Mont Blanc, seu perfume. Indica o livro “O óbvio que ignoramos”, de Jacob Pétry, e o filme “Silvio Santos”, com Rodrigo Faro. Seu sonho é ter um violão de sete cordas e construir uma vila de casas voltada para as pessoas com deficiência. Cristão, da Igreja de Cristo Jesus, o primogênito de Maria Roseli, 54, e Pedro Antonio da Silveira, 62, aprendeu com os pais valores como carinho e acolhimento. Para ele, sonhar é importante. “O nome do sítio em que morei me impulsionou a sonhar e a tentar realizar sempre”, ressalta. Sua frase: “Quem não serve, não serve”.