As marmitas têm se consolidado como um negócio lucrativo na área de abrangência no Alto Tietê. As pequenas empresas do setor registraram um crescimento expressivo nos últimos anos, passando de 188 estabelecimentos em 2018 para 3.084 em 2023, o que representa a criação de 2.896 novos empreendimentos no período. Os Microempreendedores Individuais (MEIs) formam a maior parcela de negócios em atividade, dos 3.090 empreendimentos cadastrados até março de 2024, 89% são da categoria.
O hábito de pedir marmitas se integrou ao estilo de vida de muitas famílias, que enxergaram essa prática como uma forma de gerenciar melhor o tempo e as compras no mercado.
De acordo com a gerente regional do Sebrae-SP, Gilvanda Figueirôa, “durante a pandemia, muitas pessoas começaram a empreender, e o ramo de alimentação foi um dos que apresentou grande adesão. Paralelamente, a procura por uma alimentação mais saudável ganhou força, assim como a praticidade na hora de fazer uma refeição em casa, o que estimulou a criação desses negócios voltados para pratos prontos e, muitas vezes, congelados”.
Esse cenário é confirmado pelo levantamento, que mostrou que a principal motivação para a compra das marmitas é a praticidade e a economia de tempo, com 77% das indicações. Para 45% dos entrevistados, a opção é uma maneira de evitar desperdício.
O consultor de negócios do Sebrae-SP Márcio Barbosa, gestor de alimentação fora do lar do escritório Alto Tietê, reforçou que é preciso analisar o mercado e os clientes antes de empreender. “Para iniciar um negócio, é necessário ser competitivo. O primeiro passo é conhecer as empresas já estabelecidas, aprender a formar preço e pensar em possíveis diferenciais, como nichos de público. Outra ação importante é se capacitar e dominar as técnicas de preparação, cozimento e congelamento. A aquisição de equipamentos como ultracongeladores trará mais qualidade aos pratos e ajudará a manter suas características originais”, orientou.
Salto aconteceu entre 2018 e 2023