A Semana



Willian Lima é medalhista olímpico e mogiano

Atleta começou a treinar com seis anos, em Mogi

Nascido nos anos 2000, o judoca Willian Lima conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos da França, contra o japonês Hifumi Abe na final da categoria até 66kg, no dia 28 de julho, recolocando o Brasil em uma decisão de judô (a última vez foi em Sydney, no ano do seu nascimento) e mantendo o status do esporte com o maior número de pódios na história olímpica do país.
Mogiano, começou a lutar aos seis anos, na Associação Namie de Judô, em Mogi. Segundo ele, a sua vontade era nadar, mas não teve a possibilidade: “queria fazer natação, mas não tinha idade e nem estatura para começar. Então, conversei com os meus pais e decidimos que eu faria judô até completar a idade para poder começar a natação, mas me apaixonei pelo judô e agora estou aqui”.
Esta foi a sua primeira olimpíada, mas Willian estava lutando para conquistar uma vaga desde que se apaixonou pelo esporte. “É um caminho árduo que exige muita dedicação, muito empenho e muita disciplina”, revela.
Para que a vaga seja garantida, o judoca tem uma preparação intensa, com treinos que chegam a 12 vezes por semana. O atleta, desde 2015, mora em São Paulo e faz parte do corpo atlético do Esporte Clube Pinheiros, tendo como técnico o Leandro Guilheiro, medalhista olímpico por duas vezes.
Nos últimos anos, Willian conquistou vários campeonatos, desde a medalha de ouro no Campeonato Mundial Júnior de Marrakesh, no Marrocos (2019), passando pelo primeiro lugar na categoria individual no Campeonato Mundial Militar de Paris, na França, e no Campeonato Pan-Americano de Guadalajara, no México (2021), e por equipes no Grand Prix do Brasil (2022), no Grand Prix de Zagreb e no Open Pan-americano de Guayaquil (2023), chegando à medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos em 2024.
Willian revela que, para se tornar um atleta de sucesso, é necessário muito empenho e disciplina. “Mesmo que o ciclo olímpico seja de quatro anos, a preparação é intensa desde o primeiro minuto. Temos que lapidar e trabalhar muito”, comenta.
Para chegar ao pódio das Olimpíadas, enfrentou e venceu os adversários: Sardor Nurillaev, do Uzbesquitão, na primeira luta; Serdar Rahimov, do Turcomenistão, nas oitavas de final; Baskhuu Yondonperenlei, da Mongólia, nas quartas de final; e, na semifinal, o cazaque Gusman Kyrgyzbayev.
Com essa vitória, Willian revela que ainda tem muito trabalho pela frente, mas que é um grande passo para o seu sonho.
A medalha de prata conquistada neste ano é apenas mais uma vitória para o judoca, que idealizou entregar o prêmio para o seu filho Dom: “Fiquei muito feliz, porque falei para o meu filho que ia colocar uma medalha no pescoço dele, e consegui”.
Para finalizar, demonstra a importância de ter pessoas que torcem pelo seu sucesso: “Fica mais fácil quando você confia no seu trabalho, mas tem pessoas que te ajudam e também confiam em você”.

Crédito: Wander Roberto/COB

Judoca ganhou várias medalhas nos últimos anos

Redação

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