Aconteceu no último sábado (25), em São Paulo, o ato ecumênico em memória do soldado Luca Romano Angerami, executado pelo crime organizado, na Baixada Santista. O jovem, que tinha 21 anos, trabalhava no 3º Batalhão de Polícia Metropolitano (BPM), no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, e vem de família que abarca vários policiais civis.
Além de prestar homenagem ao jovem policial, o ato, apoiado pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), defendeu a edição de leis mais duras para quem comete delitos contra profissionais da Segurança Pública no Estado de São Paulo.
Luca estava desaparecido há pouco mais de um mês e teve seu corpo encontrado na segunda-feira (20), na comunidade Vila Baiana, no Guarujá-SP. Investigações apontam que o crime organizado da Baixada Santista executou o policial.
O investigador Renzo Angerami e a delegada Fabiana Angerami, pai e madrasta de Luca Angerami, explicam que o ato “foi democrático e recebeu todos aqueles que clamam por justiça”. “É preciso dar um basta a toda essa violência. Estamos saturados com essa onda de criminalidade. As pessoas estão, cada vez mais, sem poder sair às ruas. E policiais jovens, como o meu filho, estão morrendo todos os dias na mão de bandidos. Nunca tivemos tanta letalidade contra policiais do estado de São Paulo como agora”, lamentou o investigador.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, 161 policiais morreram assassinados em 2022 no país, durante o serviço, ou quando estavam de folga (à paisana), e 98 por suicídio.
Dos que foram executados, sete em cada dez perderam a vida enquanto não estavam trabalhando. O estudo mostra, ainda, que 16 policiais a mais foram assassinados no Brasil em 2022 em comparação com 2021.
No caso do jovem soldado, a Polícia afirma que houve sequestro, cárcere privado e tortura, passando pelo “tribunal do crime” de facções do litoral.
O ato desse sábado recebeu os familiares de Luca e começou às 10 horas, no Clube Acre.
Família esteve presente e clamou por justiça