As fotografias e os desenhos são importantes elementos na preservação da memória das cidades dizia o mestre Isaac Grinberg.
No tempo que ainda não existiam fotos(a primeira notícia do advento da fotografia é de 1839) só havia um recurso: os pintores. As primeiras paisagens de Mogi datam de 1817, do pintor holandês Thomas Ender. Uma delas nos mostra como eram a Igreja e o Largo da Matriz naquele ano.
Uma das primeiras fotos vistas em Mogi das Cruzes foi de Do Pedro II inaugurada na Câmara Municipal local em 1865.
Com a chegada em Mogi em 1898 do fotógrafo alemão Gustavo Adolpho Schmidt e a instalação do seu estúdio na cidade os mogianos mais abastados e destacadoscomeçaram a tirar suas fotografias.
E é através dessas fotos que hoje podemos contemplar figuras como o Cel. Almeida, Cel. Souza Franco, Pe. João Lourenço de Siqueira, Cel. Moreira da Glória e tantos outros batalhadores do progresso local desaparecidos nas primeiras décadas do século passado e hoje mais conhecidos como nomes de ruas na área central da cidade.
Após Gustavo Schdmidt, que faleceu em 1936, vieram para Mogi outros fotógrafos de destaque como José Pereira Belleza que teve intensa atividade na cidade entre 1918 e 1930.
Entre outros que se destacaram aqui em Mogi foi KazisVosilius entre 1929 a 1937 que inclusive foi autor das fotos que ilustraram o livreto “Mogy das Cruzes, dados históricos e notas diversas” de Emílio A. Ferreira em 1935, Augustinas Gogelis que foi também auxiliar de Vosilios e João Benedicto Fittipaldi que em 1936 montou um amplo estúdio na cidade.
Gustavo Schmidt sendo o primeiro fotógrafo de Mogi retratou por volta de 1898 a primeira foto da cidade: Rua Alegre (hoje Dr. Deodato). É uma foto que contém profundidade, amplidão de foco, nitidez e acima de tudo naturalidade, algo incomum para a época.
Em 19 de setembro de 1901 na solenidade de lançamento da pedra fundamental da construção do Teatro Vasques, o fotógrafo José Leal de Lacerda fêz um retratodos nove membros da comissão responsável pela obra. A foto foi publicada na primeira página da edição do semanário “O Ypiranga” em 14 de dezembro de 1902.