A Semana



Dom Pedro em Mogi

Grandes cidades têm em sua história peculiaridades únicas, curiosidades que poucos sabem e Mogi das Cruzes não foge à regra. Uma das mais antigas cidades do Brasil, atrás apenas da cidade de São Paulo, Mogi é única! Suas ruas estreitas vêm da época colonial, grandes casarios coloniais foram perdidos devido à ação do tempo e, principalmente da falta de interesse de seus proprietários e do poder público. Mas nossa Mogi tem entre seus filhos aqueles que não a esquecem e que estão sempre dando aquele jeitinho de projetá-la no mundo, principalmente agora com a Internet. Paulo Pinhal, João Camargo, Robson Shimizu, Luiz Miguel Franco Baida, Jurandyr Ferraz de Campos são alguns deles. Mas vamos à Mogy Antiga e suas curiosidades que é o tema desta coluna.

Era manhã de 23 de agosto de 1822 e a pequena vila de Mogy das Cruzes não tinha mais do que 151 fogos e 981 habitantes. Grande contingente de cavaleiros com familiares do Capitão-mor à frente fora esperar o Príncipe Dom Pedro nas cercanias da vila e Sua Alteza tomou a dianteira acompanhado por todo o cortejo.

Já no centro da vila, Dom Pedro foi homenageado no Largo da Matriz, foi na igreja e logo após ao prédio da Câmara Municipal, do outro lado da praça, onde assinou dois decretos. No primeiro ele demitiu o governador de província de Santos, Cândido Xavier de Almeida e Souza e no segundo nomeou o Tte. Cel. Joaquim Aranha Barreto de Camargo para substituí-lo. Logo após, Sua Alteza fez longa visita às Igrejas do Carmo e no dia seguinte, 24, seguiu Dom Pedro para São Paulo, a caminho do dia 7 de setembro, quando proclamaria a independência às margens do Ipiranga.

Na foto, uma inédita reconstituição facial a partir do crânio, mostra Dom Pedro com nariz deformado em decorrência de suposta fratura não tratada e nunca antes descrita na literatura especializada. Crédito: Cícero Moraes

(Fonte: Viajantes Ilustres em Mogi das Cruzes – Isaac Grinberg – 1992)

Rouxinol Mogi

Mogiano, é designer gráfico com trabalhos em vários jornais da região. Pesquisador da história de Mogi das Cruzes há quarenta anos. Recebeu vários prêmios: duas vezes o “Profissionais do Ano” e uma vez “Personalidades de Mogi e Região”, prêmios esses pela divulgação da história de Mogi. Autor do livro “Mogy Antiga”, é membro da AMHAL - Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras.

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