Maus hábitos e um estilo de vida sedentário desempenham um papel importante nos riscos associados ao câncer. O tabaco continua sendo um dos principais vilões, junto com a obesidade e consumo de bebidas alcoólicas, todos contribuindo significativamente para a incidência da doença. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que até 2025 o Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer por ano.
O Dr. Rafael Kaliks, médico credenciado Omint e especialista em Oncologia Clínica, reforça que infecções e predisposições genéticas também podem desencadear o desenvolvimento do câncer. “O tabagismo ainda é o principal fator de risco, seguido de um estilo de vida desregrado, sedentarismo e alimentação desequilibrada. Mas, predisposição genética hereditária corresponde a 5 a 10% dos casos de câncer diagnosticados”, comenta.
“É importante identificar pessoas sob risco com base no histórico familiar ou em testes genéticos positivos. Nesses casos, é essencial conversar com um médico e seguir as recomendações necessárias. Após a identificação de uma predisposição genética ao câncer, é essencial que cuidados médicos sejam adotados em colaboração com um especialista em oncogenética”, reforça Kaliks.
Além disso, os cânceres têm ocorrido progressivamente com maior frequência em populações mais jovens. Para reduzir as chances de desenvolver a doença ou auxiliar na detecção precoce, o especialista recomenda: não fumar; manter uma alimentação saudável e equilibrada; manter as vacinas em dia (HPV e Hepatite B); praticar atividade física regularmente; evitar a obesidade; realizar exames médicos periódicos; e evitar a exposição ao sol sem proteção.
Tratamento
A redução da mortalidade por câncer observada em países desenvolvidos se deve principalmente ao tratamento em fases mais precoces da doença, assim como aos avanços medicamentosos. A imunoterapia, utilizada há quase uma década, revolucionou o tratamento para diversos tipos de câncer.
No que diz respeito à radioterapia, o avanço tecnológico possibilitou que tratamentos mais curtos fossem tão eficazes quanto os tratamentos longos. Além disso, as terapias-alvo estão sendo desenvolvidas e aprovadas para uso a uma velocidade surpreendente, auxiliando no tratamento de pacientes cujo câncer apresenta determinadas mutações.