O Governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (28), em função da paralisação prevista por sindicatos de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp. A medida visa a reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. As linhas concedidas do metrô e trens vão funcionar normalmente nas Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.
O decreto que oficializa o ponto facultativo será publicado no Diário Oficial do Estado. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça.
As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo.
Mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria amanhã (28), tiveram suas provas reagendadas para a partir do dia 29 para que não fossem prejudicados pela ação dos grevistas. Entre eles, estão cerca de 1,7 mil alunos de outros estados e de fora da rede estadual que agora terão de arcar com novos custos em razão da greve. Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão que ocorre dia 29.
Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato. O Governo de São Paulo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação pelos metroviários. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
O motivo
Os trabalhadores do Metrô, CPTM e da Sabesp, além de professores estaduais, prometem realizar uma paralisação coletiva na próxima terça-feira (28) em protesto contra o Governo de São Paulo. Os sindicatos são contra as propostas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatização de empresas e serviços de determinadas áreas, como transporte e água e saneamento.
Eles também citam outras causas para a paralisação, entre elas a demissão de funcionários em razão de greves. Cinco trabalhadores foram demitidos pelo Metrô após paralisação realizada em outubro.
Outro motivo apontado são possíveis cortes na área da educação. O governo Tarcísio de Freitas enviou um projeto que prevê a possibilidade de reduzir os gastos obrigatórios em educação de 30% para 25% no estado.