O Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, não é apenas um feriado ou uma data para realizar eventos diretamente ligados à cultura negra. É um dia de reflexão, de pensarmos em tudo o que a sociedade conquistou até aqui e no que ainda precisamos trabalhar para que o direito constitucional de igualdade não fique meramente no papel.
Quando se fala em racismo, o debate é longo. Não dá para falar que não existe preconceito racial no nosso país, porque ele existe, e, às vezes, está mais perto do que a gente imagina.
Os brancos podem – e devem – entrar no debate sobre igualdade, mesmo sem ter lugar de fala. Só que, em pleno século XXI, numa sociedade com amplo acesso à informação, é urgente que se fale mais sobre o assunto, se estude as raízes do problema e, muito importante, ouvir o que a comunidade negra tem a dizer sobre esse assunto.
Não é porque a gente não vê acontecer que o racismo não existe. Convidamos nossos leitores a conversar com uma pessoa negra e perguntar quais são as situações em que ela se vê discriminada. As respostas, além de chocantes, podem ajudar a abrir a mente para uma realidade que a gente não enxerga dentro da nossa bolha.
Que a sociedade possa facilitar a estrada da vida para quem precisa conviver com as chagas de um passado obscuro que teima em não desaparecer.