Uma comissão envolvendo a Prefeitura, a Santa Casa de Mogi e Comissão de Saúde da Câmara será formada para estudar soluções para o fechamento do Pronto-Socorro da Santa Casa de Mogi. A decisão foi tomada durante uma reunião na Prefeitura entre representantes da Administração Municipal e da Mesa Diretiva da Santa Casa. A Câmara também participou do encontro.
O objetivo da reunião foi conversar sobre soluções para o fechamento do pronto-atendimento da Santa Casa. A Prefeitura argumentou que o fechamento da unidade trará diversos prejuízos à população e, por isso, precisa de uma transição de no mínimo dois anos para que seja realizado um planejamento adequado e a elaboração de uma estratégia para a substituição da unidade. A Santa Casa, por sua vez, afirmou que está disposta a colaborar com uma transição amigável e responsável, mas não se mostrou favorável a ficar com o atendimento por mais dois anos. Foi, inclusive, da Santa Casa que partiu a ideia da formação da Comissão.
O prefeito Caio Cunha aceitou a sugestão e informou que há uma reunião marcada entre as partes e o Governo do Estado, na próxima semana, que poderá resultar em uma solução definitiva para o impasse.
Solução
O presidente da Câmara, Marcos Furlan (Pode), defendeu uma solução pacífica e amigável, que atenda tanto a Prefeitura quanto a Santa Casa. “Apelo pelo bom senso. Entendo a situação de ambas as partes, mas acho que é possível chegarmos a um denominador comum nas propostas apresentadas”, afirmou.
O vereador Otto Rezende (PSD), que é presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, também expressou a necessidade de uma solução rápida. “Vejo que a Prefeitura está com vontade de resolver o problema e a Santa Casa precisa de muito apoio para resolver a questão dos leitos, mas precisamos entender que população não pode ficar sem um pronto-socorro nesse momento”, ressaltou.
Os representantes da Santa Casa ressaltaram que existe uma defasagem na estrutura da Santa Casa, além da superlotação que está prejudicando o atendimento. Segundo eles, o grande responsável pela superlotação é o problema de vazão dos pacientes, que deveriam ser encaminhados para unidades de referência em atendimento de média e alta complexidade.
Durante o encontro, os membros da direção da Santa Casa sugeriram uma transferência do pronto-socorro para outra unidade de Saúde de Mogi das Cruzes, como o Hospital Municipal ou para o prédio da futura Maternidade, em Brás Cubas. A sugestão foi imediatamente rechaçada pelo secretário de Saúde Wiliam Harada, argumentando que a retirada do equipamento de saúde da região central para o outro lado da cidade afetaria diretamente milhares de mogianos.