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Câmara vai agendar nova reunião entre a Santa Casa e a Prefeitura sobre PS

Dentro de aproximadamente dez dias, a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes agendará nova reunião com a Secretaria Municipal de Saúde e com a Santa Casa da Cidade com o intuito de resolver o impasse da ameaça de fechamento do Pronto-Socorro por parte da filantrópica. A Santa Casa já anunciou que não tem mais interesse em manter o convênio com o Município no caso do PS.

No início da tarde desta segunda-feira, 16, o presidente do Legislativo, Marcos Furlan (PODE), e o presidente da Comissão Permanente de Saúde, Zoonoses e Bem-Estar Animal, Otto Rezende (PSD), receberam o secretário municipal de Saúde, William Harada, e a secretária-adjunta da pasta, Rosângela da Cunha, a doutora Nenê.

Também participaram do encontro os vereadores Bi Gêmeos (PSD), Francimário Vieira (PL), o Farofa, Mauro Yokoyama (PL), Zé Luiz (PL), Edson Santos (PSD), Marcelo Brás (PSDB), Mauro de Assis Margarido (PSDB), Inês Paz (PSOL) e Malu Fernandes (SD).

 “A Câmara vai marcar uma reunião com ambas as partes. Vou marcar uma data que seja boa para a Santa Casa e a Secretaria. Vou esperar uns dez dias e faremos outra reunião aqui no Legislativo”, disse Otto.

Na semana passada, os parlamentares estiveram na Santa Casa, onde ouviram da diretoria que não haveria condições técnicas e espaço para continuar com o serviço de urgência funcionando no local.
Durante o encontro, William Harada disse que o fim das atividades do PS da Santa Casa será um grave erro.

“Fechar o Pronto-Socorro será um erro muito grave para o Município. Isso já foi conversado e debatido. Eu vim aqui para pedir o apoio da Câmara Municipal para que a gente trate isso da forma mais responsável possível. O diálogo com a Santa Casa não está acontecendo porque nós não conseguimos fazer com que a equipe técnica deles pense como SUS [Sistema Único de Saúde]”.

Harada disse também que seria preciso renovar o contrato pelo menos até 2025 para que a Administração Municipal encontrasse uma alternativa para o fim do serviço de emergência da filantrópica. “Se não der para renovar o contrato até 2026, precisamos que ele seja mantido até dezembro de 2025, no mínimo. Até lá, teremos todos os estudos do impacto que esse fechamento vai causar para os munícipes. No entanto, por parte da Prefeitura, não há motivo nenhum para que esse convênio não continue”.

Edson Santos (PSD) criticou a falta de diálogo. “Está parecendo aquela briga de casal que já não tem mais jeito. Rompeu e não sobrou nem o diálogo. Parece que não tem mais conversa entre a Santa Casa e a Secretaria. Precisamos mudar isso pelo bem da população”.

Inês Paz (PSOL) lembrou a superlotação do pronto-atendimento. “Na semana passada, fizemos uma visita ao Pronto-Socorro. Eles disseram que mandam pacientes para lá só para morrer. Isso porque eles não têm condições humanitárias de continuar atendendo. Nós vimos o Pronto-Socorro lotado, com paciente no corredor”.

Farofa cobrou o governo estadual. “A Santa Casa reclama que faltam os leitos de retaguarda. Não adianta essa queda de braço entre Prefeitura e Santa Casa. Pelo menos uns 80% a 90% da culpa é do Governo do Estado. Fecharam o Pronto-Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo e cadê os leitos novos que eles prometeram?”, questionou.

Redação

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