Começou esta semana a Copa do Mundo feminina! E, apesar de o engajamento não poder sequer ser comparado com o torneio masculino, que simplesmente para o país, é bom ver que a modalidade vem tendo mais reconhecimento e espaço na mídia.
Mas ainda falta muito. O Governo Federal até tentou fazer uma graça, dando ponto facultativo para acompanhar os jogos da Seleção. Na Copa, uma estrutura inédita foi montada, com delegação recorde, voo fretado e um núcleo de saúde e performance – algo considerado básico e elementar em qualquer campeonato masculino.
Só que o trabalho tem de começar antes, bem antes, lá na base, com as meninas que estão começando a jogar. As mulheres são tão capazes quanto os homens, isso é fato. Mas para que elas possam dar um show em campo, capaz de mobilizar milhões de pessoas ao redor do mundo, elas também precisam de oportunidades para se desenvolverem tecnicamente.
Muitos clubes sequer têm time ou estrutura para a modalidade. Existe pouco incentivo para meninas iniciarem no futebol e, por isso, acabam começando a treinar com idade mais avançada que os meninos, logo, terão carreiras mais curtas e com menos chances de brilhar.
E se não há incentivo, não há patrocínio. Empresas podem até erguer bandeiras, mas o que importa é o lucro.
Que nos próximos anos possamos ver oportunidades iguais para todos em campo. Porque se há algo que a gente ama, é torcer pelo Brasil. E quanto mais melhor!