O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou nesta quarta, dia 28 de junho, a divulgar os dados do Censo 2022. No entanto, neste Censo, houve um fenômeno novo: em 1 milhão de domicílios, os moradores simplesmente não foram encontrados ou se recusaram a responder o questionário. Em São Paulo, essa recusa foi ainda maior. Na capital paulista, mais de 4% dos lares não aceitaram responder aos recenseadores.
O resultado surpreendeu inclusive o Instituto, que não esperava uma recusa tão grande. Para o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, a recusa pode estar relacionada ao fato da pesquisa ter sido iniciada em plena campanha eleitoral, numa eleição extremamente polarizada.
Não se sabe ao certo se esse foi o motivo. Mas quem perde com essa falta de dados são os brasileiros de modo geral. É que o Censo é um dos meios mais importantes para estudar nossa população, saber quem é quem, onde moram e do que precisam. Sem um resultado tão fidedigno de quem é e de como vive o brasileiro, perdemos em políticas públicas que têm o levantamento como base. Critérios como distribuição de vacinas e até repasses de recursos da União para municípios precisam de dados reais e não de estimativas.
Agora não dá mais tempo de responder. Mas que possamos repensar nosso papel como cidadãos.
