A Semana



A perpetuação da cultura entre os jovens descendentes

A colônia japonesa está nas ruas e nas celebrações de Mogi – prova disso é o Akimatsuri, que é uma das principais atrações do calendário da cidade.

A colônia na cidade também é forte. Estima-se que quase 9% da população mogiana seja composta por descendentes ou imigrantes japoneses. Mas como a cultura japonesa é vista entre os jovens descendentes? Será que eles fazem questão de inserir aspectos orientais no dia a dia ou, aos poucos, a ocidentalização vai apagando esses traços?

Se depender de Beatriz Cristina de Carvalho Obata, de 19 anos, a cultura será perpetuada. “Ela como um todo faz parte de quem eu sou hoje, de como me formei como pessoa. É minha ancestralidade”, revela, acrescentando que seu bisavô foi o primeiro monge budista a construir um templo no estado de São Paulo.

Ancestralidade

Beatriz estuda Artes Cênicas e busca trilhar seu caminho como atriz. E ela vê nesse momento da sua vida como sua ancestralidade faz parte dela. “A cultura japonesa aparece em cena na minha vida. Seja propositalmente, sempre que sou chamada para testes para personagens japonesas, seja “acidentalmente”, uma vez que meu corpo carrega essa ancestralidade na maneira que me expresso”.

Beatriz inclusive traz esse tema para seu trabalho como atriz. “Nas aulas de atuação da USP, especialmente aulas da professora Alice Kiyomi Yagyu, são evocadas práticas corporais da cultura japonesa para o trabalho do ator. Além disso, possuo o costume de meditar, acompanhado do uso de incensos orientais”, reforça.

Redação

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